Revista Nerd
terça-feira, 6 de novembro de 2007
O ASSASSINATO DE JESSE JAMES

Jesse James, um dos maiores mitos americanos, sempre foi explorado a exaustão pela mídia. Também, não é de se estranhar. A história do pistoleiro mais conhecido do Oeste é simplesmente fascinante, desde seus anos áureos até seu covarde assassinato, cometido por um de seus comparsas e adoradores, Robert Ford. Andrew Dominik sabia desse potencial e anunciou um projeto ambicioso: um filme que englobava essa fixação de Robert com Jesse James, desde o começo da amizade dos dois até o inevitável desfecho trágico.

O Assassinato de Jesse James não tem como protagonista o pistoleiro. O foco da história é Robert Ford, o franzino e deprimente homem que queria ser igual ao ídolo. Praticamente uma metáfora sobre os dias atuais, onde a mídia endeusa várias celebridades, assim arrancando atenção exagerada do público. Jesse James é uma celebridade e Robert Ford, seu fã número 1. A fixação é tanta que Robert acaba procurando Jesse e acaba por entrar em sua gangue, pouco a pouco se tornando um de seus comparsas favoritos. A partir daí, Robert descobre que seu ídolo não é exatamente o que ele esperava.

O maior acerto do filme é tratar de desmistificar a figura de um dos mais notáveis personagens da história americana. No melhor duelo de interpretações do ano, Brad Pitt e Casey Affleck mostram que são atores do primeiro time de Hollywood, em performances intimistas, repletas de nuances. O filme é uma verdadeira obra-prima, um western autoral com traços de drama psicológico. Embora seja longo (168 minutos), o filme nunca é arrastado. É cinema na concepção mais pura da palavra, com um cuidado enorme nos aspectos técnicos e narrativos. Andrew não tem pressa em desenvolver seus personagens. Como consequência, presenciamos Jesse James, antes só conhecido como mito do Velho Oeste, se tornar um personagem tridimensional. Um homem melancólico atormentado.

Os membros da Academia provavelmente torcerão o nariz para a longa duração do filme, seus intermináveis silêncios, sua abordagem profunda. Mas eis aqui um filme que não precisa de prêmios para ser consagrado. Um filme único, singelo, e emocionante.

NOTA 9,5

Eagle Tamer
posted by Revista Nerd @ 12:08   0 comments
Especial Faroeste

♫ No Velho oeste ele Nasceu... ♫
♫ E entre bravos se criou... ♫

♫ Seu nome lenda se tornou... ♫

♫ Bat Masterson... ♫

♫ Bat Masterson!!! ♫


Mas não foi só o nome de Bat Masterson que virou lenda. Nomes como os de Billy The Kid, Doc Holliday, Jane Calamidade, Wyatt Earp, Jesse James, Tex, Buffalo Bill, Robert Ford, Cactus Jack, “Rooster” Logburn, Brigadeiro George Crook, Big Nose Kate, Pat Garrett, Josephine, Gerônimo, Os irmãos McLaury, Tenente Gatewood, Os Irmãos Morgan, Ringo “Angel Face”, Charming Jones, Maverick, Annabella, entre tantos outros personagens (fictícios ou não) que habitam a nossa mente juntamente com as imagens de Pradarias, Penhascos rochosos, Planícies, Tiroteios, Chapéus com Abas largas, Duelos, recompensas, Fortes apaches, Cidades-fantasma, Saloons, Banhos em tonéis, Escalpos, Dançarinas de Cancã, Polícia Montada, Cactos, Diligências, Abutres, Cavalos, Bisões, Índios Americanos, Xerifes, Mocinhas, bandidos, Caubóis e Mocinhos, Formam o cenário do que um dia foi considerado (E ainda é considerado pelos mais puristas) o “Cinema Americano por excelência”, o Western.

Antes de qualquer coisa, o chamado cinema Western é também conhecido como "Filmes de cowboys" ou "Filmes de Faroeste", ou ainda “Filmes de Bag-Bang”. E o nome do gênero Western, em uma tradução aproximada, significa "ocidental" e refere-se à fronteira do Oeste norte-americano durante a colonização. Esta região era também chamada de Far west - e é daí que se originou o termo Faroeste, muito usado aqui no Brasil. Já o Nome Bang Bang teve origem nas promoções que eram feitas nas antigas matinês e tb dos quadrinhos. Isso por que o gênero não ficou restrito ao cinema, ele invadiu vários outros veículos como a literatura (livros, Revistas em quadrinhos), a televisão (filmes feitos exclusivamente para a Tv, Seriados), estações de Rádio (Cowboys cantores) e até o Circo (apresentações de Cowboys com seus cavalos adestrados são comuns até hoje) não sairam incólumes.


♫ Não Existe nada mais antigo... ♫ ♫ Do que Cowboy que dá 100 tiros de uma vez... ♫

O primeiro Cowboy astro de cinema se chamava Broncho Billy Anderson, que alcançou a popularidade devido a pelo menos uma centena de curtas metragens que participou depois de ter protagonizado O Grande Roubo do Trem, um dos primeiros Westerns do cinema, dirigido por Edwin S. Potter em 1903. Mas ele não ficou muito tempo reinando sozinho, William S. Hart, ator nascido em 1865, que falava o idioma dos índios Sioux e foi amigo íntimo de Wyatt Earp (Famoso xerife que derrotou os Irmãos Clanton no duelo do Curral OK, na cidade de Tombstone, Arizona), logo se tornou astro de um gênero que ainda dava os primeiros passos.
In Old Califórnia foi o primeiro filme rodado em Hollywood, um Western dirigido por D.W. Griffith em 1910. Em 1913, Tom Mix iniciava a sua carreira rumo a se tornar o Cowboy mais popular do cinema mudo em An Apaches’s Gratutude. Já em 1914, Cecil B. DeMille estreava nos cinemas com outro Westen, The Squaw Man, e ainda no mesmo ano, realizou para o cinema a obra pioneira nos EUA do Western literário, The Virginian.

O Western foi evoluindo constantemente, por causa do grande sucesso de popularidade, e em 1923 James Cruzes realizava o primeiro épico do gênero, The Covered Wagon, sobre uma longa viagem pelo Oeste Selvagem e no ano seguinte John Ford fazia sucesso com The Iron Horse, sobre a construção de uma estrada de ferro.
Com o grande sucesso do gênero, os estúdios passaram a produzir mais de uma centena de filmes de Bang-Bang por ano. Em 1930, Raoul Walsh filmou A Grande Jornada utilizando pela primeira vez a película de 70 mm, que permitia englobar toda a paisagem existente nos lindos cenários de planícies e penhascos da fronteira ocidental. O filme foi um sucesso e ainda nos revelou um dos mais carismáticos atores de Hollywood, John Wayne. Mais isso é um capítulo à parte.
Em 1931, Wesley Ruggles dirigiu o primeiro filme do Gênero a Ganhar um Oscar de Melhor filme, Cimarron.

E a partir do Oscar, Não teve jeito, o Western, o símbolo máximo do patriotismo americano caiu no gosto de crítica e público, e explodiu de vez e reinou tranquilamente nos anos seguintes. Muito dessa idade dourada do Western americano se deve a John Ford, diretor símbolo máximo do gênero. Considerado por muitos como o Pai do Western, embora tenha se aventurado em outros temas, ninguém jamais soube retratar o Oeste inóspito como ele. Fez uma série de filmes com o nome de Jack Ford e, depois foi premiado com Oscars por filmes como O Delator (35), o clássico No tempo das Diligências (39) com James Stewart, Vera Miles e Lee Marvin, Vinhas da Ira (40) e Como era verde o meu Vale (41).

Um dos seus filmes mais importantes foi Paixão dos Fortes (46) com Henry Fonda, Linda Darnell e Victor Mature no elenco, onde ele nos conta a saga de Wyatt Earp e Doc Holliday, incluindo o famoso tiroteio no Curral OK - personagens e local reais que se tornaram mitológicos na história do Oeste Americano. Uma das suas criações mais famosas, O homem que matou o Facínora (62) com John Wayne, Woody Stroode, James Stewart, Lee Marvin e Edmund O’Brien, é por muitos considerado o maior Western de todos os tempos. A cavalaria sustentou a carreira de Ford com uma série de épicos como a famosa trilogia Sangue de Herói (48), Legião Invencível (49) e Rio Bravo (50). Rastro de Ódio (56) é considerado o mais forte de todos os filmes de Faroeste e Crepúsculo de uma Raça (64) foi seu canto do cisne no gênero, onde ele reparou alguns aspectos de suas representações anteriores dos índios Americanos.
Em 1954 foi lançado Johnny Guitar, dirigido por Nicholas Ray. Foi o primeiro Western a ter mulheres como protagonistas. O mérito coube a Joan Crawford e a Mercedes McCambridge, duas mocinhas que disputavam o coração de um forasteiro interpretado por Sterling Hayden. O filme não fez sucesso, mas entrou para a história por ser o precursor do destaque feminino no gênero.
Outros filmes e Cowboys famosos desse período de Ouro foram: Tumblin Tumbleweeds (35) com Gene Autry (e seu cavalo Champion); A Carga da Brigada Ligeira (36) com Erroll Flynn e Olívia de Havilland; O último dos Moicanos (36) com Randolph Scott; Song of the Gringo (36) e The Cowboy from Sundown (40) ambos com Tex Ritter e Syd Sauler; Days Off Jesse James (39) com Roy Rogers (e seu cavalo Trigger); Jesse James (39) com Tyrone Power e Henry Fonda; Aliança de aço (39) com Joel McCrea, Barbara Stanwyck e Robert Preston; A Lei do mais forte (39) com James Cagney e Humphrey Bogart; Buffalo Bill (44) com Joel McCrea e Maureen O’Hara; Winchester 73 (50) com James Stewart, Rock Hudson, Shelley Winters e Kevin McNally; Matar ou Morrer (51) com Gary Cooper (Oscar de melhor ator por esse filme), Grace Kelly e Lloyd Bridges; Os brutos também amam (53) com Allan Ladd e Jack Palance; A lança Partida (54) com Spencer Tracy, Robert Wagner e Richard Widmark; Homem sem Rumo (55) com Kirk Douglas, Jeanne Crain e Richard Boone; Gatilho Relâmpago (56) com Glenn Ford e Broderick Crawford; Sem Lei e sem Alma (57) com Burt Lancaster, Rhonda Fleming e Kirk Douglas; O Álamo (60) com John Wayne, Richard Widmark, Laurence Harvey e Frankie Avalon; Sete Homens e um destino (60) com Yul Brynner, Charles Bronson e Steve McQueen; A Face Oculta (61) Com Marlon Brando, Ben Johnson, Katy Jurado e Karl Malden; Dívida de Sangue (65) com Jane Fonda, Lee Marvin e Nat King Cole; Butch Cassidy (69) com Paul Newman e Robert Redford; Rio Lobo (70) com John Wayne e Jennifer O’Neill;

Durante as décadas de 60 e 70, o Western sentiu que precisava se reinventar, afinal de contas, ele já funcionava a pleno vapor há vários anos e mudanças se faziam necessárias antes que o gênero se esgotasse e caísse no Ostracismo.
Foi quando surgiram as produções vindas da Alemanha, da Espanha e principalmente da Itália, dando origem ao que costumamos chamar de “Western Spaghetty”.
O “Western Spaghetty” tinha como característica principal um teor de violência extrema e muita, mas muita ação, além de um alto reconhecimento Melodramático.
E no rastro do que podemos chamar de “subgênero”, vieram novos diretores como Sergio Leone, que injetou novo gás ao Western ao dirigir a famosa trilogia dos dólares (Por um punhado de dólares; Por alguns dólares a mais e Três homens em conflito em 64, 65 e 66 respectivamente) que lançou Clint Eastwood ao estrelato. Sergio Leone também criou um dos maiores épicos da história do Cinema: Era uma vez no Oeste (68), injustamente um fracasso de crítica e público à época do lançamento, o filme nos conta a história de um pistoleiro que é contratado para matar uma viúva, herdeira de terras por onde vai passar uma ferrovia. Henry Fonda está assustador de tão perfeito em seu primeiro e único papel como vilão, assim como o restante do elenco. Isso sem falar na trilha sonora memorável de Ennio Morricone, que se tornou clássica.
Nessa época além de Clint Eastwood, surgiu uma nova geração de atores e nomes como os de Cláudia Cardinalle (Era Uma Vez no Oeste); Richard Harris (Um homem chamado Cavalo); Klaus kinski (Por um Punhado de Dólares); Lee Van Cleef (Matar ou Morrer); Gabriele Ferzetti (Era uma Vez no Oeste); James Coburn (Pat Garreth e Billy the Kid); Jason Robards (Era uma vez no Oeste); Franco Nero (Django); Giuliano Gemma (O Dólar furado); Charles Bronson (Era uma Vez no Oeste); ficaram eternizados na nossa memória.

Nessa mesma época surgiu Sam Peckinpah, que dirigiu o sangrento Meu ódio será tua herança (69) que ganhou notoriedade pelo excesso de violência. A sua obra prima, porém foi Pat Garrett e Billy the Kid (73). Ainda nessa época surgia também o italiano Enzo Castellari, responsável pelo excepcional Keoma (76) com Franco Nero e Donald O’Brien.
Já em 1974, Mel Brooks, à época, o rei da sátira em Hollywood também não quis ficar de fora e satirizou todo o gênero ao contar a história de um xerife negro que é escolhido para impor a lei numa cidade do velho oeste em Banzé no Oeste.

A televisão já havia surgido há alguns anos e o gênero foi ganhando cada vez mais e mais fãs. E atores (alguns egressos do cinema mudo) como Audie Murphy, Tom Mix, Gene Autry, Bill Pickett, Herbert Jeffreys, Johnny Mack Brown, Rex Allen, Roy Rogers e sua esposa Dale Evans tornaram-se uns dos primeiros ídolos da TV e faziam a festa dos fãs nas matinês de antigamente, assim como alguns animais também ficaram muito famosos, animais como os cavalos Trigger, Stardust e Champion e o Pastor Alemão Rin tin tin.
As séries televisivas também fizeram muito sucesso, como não citar Bonanza, Cisco Kid, Zorro, Rin tin tin, Gusnsmoke – A lei do revólver, Maverick, McCloud, Daniel Boone?
E no rastro dessas séries mais atores se tornaram conhecidos, atores como Lorne Greene; Pernell Roberts; Dan Blocker; Michael Landon; Guy Williams; Lee Arker; Henry Calvin; Fess Parker; Verônica Cartwright; Denis Weaver dentre outros.


♫ Oh Suzana Não chores por mim ♫
♫ Volto pro Alabama pra tocar meu banjo assim ♫

Os anos 80 foram anos difíceis para o Western, não fosse por algumas poucas produções, a década passaria em brancas nuvens. Cactus Jack, O vilão (finalzinho de 79), uma comédia Bobinha com Kirk Douglas, Ann-Margret e um jovem e ainda pouco conhecido Arnold Schwarzenegger é um exemplo dos filmes dessa época, assim como Jovem Demais para Morrer (88) e Jovem demais para Morrer II (90).
Aliás, falando em Jovem demais para Morrer, o filme além de ter uma trilha sonora bacana, nos conta a saga de Billy the Kid e seus companheiros e têm no elenco nomes como os de Emilio Estevez, Kiefer Sutherland, Casey Siemaszko, Charlie Sheen, Lou Diamond Phillips e Dermot Mulroney. O filme fez um sucesso inesperado e serviu para trazer o Western novamente a moda.

Em 1990, Kevin Costner arrebata sete Oscars (incluindo os de melhor Filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado) e ainda consegue indicações para Mary McDonnel e Graham Greene como melhores coadjuvantes para o seu Dança Com Lobos. O filme conta a história de um tenente que durante a Guerra Civil Americana, vai para um território ainda dominado pelos índios Sioux. O filme é um pequeno épico intimista ecológico e defensor da cultura indígena, com uma bela fotografia e uma ótima trilha sonora de John Barry.
Mas isso era apenas a ponta do Iceberg. Em 1992, Clint Eastwood dirigiu o que pode ser considerado a Obra prima do Gênero, Os Imperdoáveis. Tendo um excelente roteiro e um elenco competente (Morgan Freeman, Gene Hackman, Frances Fisher, Richard Harris, Saul Rubinek e o próprio Clint encabeçando o elenco) nas mãos, Clint Eastwood nos conta a história de um matador viúvo e aposentado que volta a ativa quando é contratado para descobrir o paradeiro de um homem que retalhou o rosto de uma prostituta.
O filme fez um estrondoso sucesso e Clint Eastwood levou o Oscar de melhor filme e melhor diretor para casa, assim como Gene Hackman levou o seu de melhor coadjuvante.

O sucesso de Os Imperdoáveis fez com que a máquina de Hollywood não deixasse de lado o faroeste e uma nova enxurrada de filmes de Bang-Bang assolou as salas de cinema nos anos seguintes: Wyatt Earp de Lawrence Kasdan com Kevin Costner no papel-título, Dennis Quaid (Como Doc Holliday), Tom Sizemore (Como Bat Masterson), Gene Hackman (como o patriarca da família Earp), Mary Steenburgen (como Big Nose Kate, namorada de Doc), Adam Baldwin e Rex linn (como os Irmãos McLaury) e Joanna Going e Annabeth Gish (como Josie e Urilla, respectivamente a esposa e namorada de Wyatt Earp); Maverick de Richard Donner com Mel Gibson, Jodie Foster e James Garner; Rápida e Mortal de Sam Raimi com Sharon Stone, Gene Hackman (de novo!), Russel Crowe e Leonardo DiCaprio; Quatro Mulheres e um Destino de Jonathan Kaplan com Madeleine Stowe, Drew Barrymore, Andie MacDowell e Mary Stuart Masterson; Tombstone - A Justiça está chegando de George Pan Cosmatos com Kurt Russel, Val Kilmer, Bill Paxton, Sam Elliott, Dana Delany, Jason Priestley e Charlton Heston; Gerônimo de Walter Hill com Jason Patric, Wes Studi, Gene Hackman (olha ele aeh de novo!); Robert Duvall e um Matt Damon em início de carreira; Rápido no Gatilho de Simon Wincer com Paul Hogan e Cuba Gooding Jr.; Jeito de Cowboy com Woody Harrelson e Kiefer Sutherland; Amigos, sempre amigos com Billy Crystal e Jack Palance; Até as Vaqueiras ficam Tristes de Gus Van Sant com Uma Thurman e Lorraine Bracco; Lendas da Paixão de Edward Zwick com Anthony Hopkins, Brad Pitt, Aidan Quinn, Henry Thomas e Julia Ormond; Wild Bill – Uma lenda do Oeste de Walter Hill com Jeff Bridges, Ellen Barkin, John Hurt, Diane Lane e David Arquette.

Só que, depois de passar por diversas fases e estilos desde o seu nascimento em 1903, e como se pode perceber nessa lista acima, o Western chegou a um ponto em que não mais permitia espaço para o Bang-Bang tradicional, aquele que fora criado para exaltar as ações dos grandes vaqueiros que invadiam o Oeste selvagem norte americano, o Western foi perdendo o interesse e cansando o público, e um filme como Os imperdoáveis poderia ser considerado o Canto do Cisne de um Gênero.

O Surgimento de um novo faroeste

Muitos pensaram que o faroeste tivesse morrido, mas a verdade é o chamado Cinema Americano por Excelência hibernou por uns bons anos, sem que nada que merecesse menção tivesse surgido (Pensando bem, Bater ou Correr data de 2000 e você até consegue dar algumas poucas risadas com Jackie Chan e Owen Wilson), até que Kevin Costner (Novamente ele) em 2003 estrelou e dirigiu o razoavelmente interessante Pacto de Justiça com Robert Duvall e Annete Bening.

Desde então vem surgindo esporadicamente alguns filmes do gênero, o que prova realmente que o Western ainda não acabou. Como exemplo do que Moulin Rouge fez para os musicais, o faroeste pode voltar a ter a sua hora. Clint Eastwood já colocou o ponto final, mas isso não significa que não possa surgir alguém com algo totalmente inovador e assim recomeçar o ciclo.
Essa hora ainda pode chegar. Alguns filmes estão surgindo discretamente, como o fraco Desaparecidas (2003) de Ron Howard com Cate Blanchett, Tommy Lee Jones, Evan Rachel Wood, Val Kilmer e Aaron Eckhart; A Proposta de John Hillcoat com Guy Pearce, John Hurt e Ray Winstone; Três Enterros de Melquiades Estrada de Tommy Lee Jones com Barry Peper, January Jones, Dwight Yoakam e o próprio Jones no elenco; Bandidas (2006) com Penélope Cruz, Salma Hayek e Steve Zahn.

O Segredo de Brokeback Mountain de Ang Lee também data dessa época, mas merece um parágrafo a parte por ser o primeiro filme do gênero a tratar com seriedade o tema da Homossexualidade masculina sem levantar bandeira alguma. O filme narra à vida de dois pastores de Ovelhas (Jake Gyllenhaall e Heath Ledger) que surpreendentemente se descobrem apaixonados um pelo outro. O filme foi um sucesso e concorreu a vários Oscars, mas infelizmente, o filme foi inovador demais para os velhinhos da academia que preferiram eleger Crash – No Limite como melhor filme. Uma pena, mas pelo menos alguém já deu o primeiro passo.

A grande verdade é que por mais inovadores tenham sido esses faroestes recentes, ainda não houve aquele novo “Boom” dos filmes de Bang-Bang, mas nos conforta saber que ele não morreu e aguardemos esse mês para ver o que O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford (2007) de Andrew Dominik (com Brad Pitt, Mary Louise Parker, Casey Affleck e Sam Rockwell no elenco, e que nos conta como foi à morte de Jesse James, lendário pistoleiro e líder de gangues no velho Oeste bravio. E como o próprio título entrega, o seu assassinato se deu por Robert Ford, membro de sua própria gangue, que atirou em suas costas para receber uma recompensa) pode fazer pelo gênero, para que cada vez mais possamos apreciar novamente a árida e hostil realidade do Velho Oeste.

Bom, e conforme o prometido lá em cima, eu não poderia terminar essa matéria sem falar dele, o Símbolo do faroeste, o caubói dos caubóis, pois não se pode falar de filmes de Faroeste sem lembrar de imediato do nome de JOHN WAYNE, o chamado Rei dos Caubóis.
Seu nome de batismo era Marion Michael Morrison. Os mais íntimos o chamavam de Duke, mas o mundo inteiro o conheceu como John Wayne, o mais durão dos caubóis do cinema. Não era mais ator que Gary Cooper, ou Henry Fonda, ou James Stewart, ou Marlon Brando, mas foi, sem dúvida, um dos mais carismáticos atores de Hollywood. Nascido no dia 26 de maio de 1907, em Winterset, no estado de Iowa, John Wayne perdeu sua última batalha contra o câncer em 11 de junho de 1979. Desde a infância estava predestinado a ser um vaqueiro. Aos cinco anos, sua família mudou-se para a Califórnia, onde comprou um rancho próximo ao deserto de Mojave. Ali, o pequeno Marion e seu irmão Bob se divertiam montando cavalos em pêlo. No ginásio, já com o apelido de Duke, quis ser advogado, depois sonhou em ser oficial da Marinha. Acabou indo estudar na Universidade do Sul da Califórnia. Em 1928, conheceu o cineasta John Ford, que ficou sendo um de seus melhores amigos. Deixou de lado o futebol americano que praticava na faculdade e foi trabalhar nos estúdios da Fox, onde fez pequenos papéis em faroestes inexpressivos, com o nome de Duke Morrison. Em 1930, ganhou sua primeira grande oportunidade pelas mãos de outro grande diretor, Raoul Walsh, estrelando "A Grande Jornada", no papel que era destinado a Gary Cooper. Ainda inexperiente, ele não soube aproveitar a boa chance e voltou aos faroestes classe B, até que John Ford requisitou-o para fazer o papel de Ringo Kid, em 1933, no filme "No Tempo das Diligências", que acabou ganhando o Oscar de melhor filme do ano. Sua estrela começava a brilhar.

"No Tempo das Diligências" foi o primeiro dos grandes faroestes do cinema e o início do sucesso na carreira de John Wayne, o caubói por excelência, com uma boa presença física e um grande carisma. John Wayne passou a ser um astro e vieram outros clássicos do cinema com seu nome em primeiro plano. E não foram só faroestes: estrelou filmes de guerra, como "Fomos os Sacrificados" (1945) e "Iwo Jima, o Portal da Glória" (1949); a trilogia de John Ford sobre a cavalaria - "Forte Apache" (1948), "Legião Invencível" (1949) e "Rio Bravo" (1950). "Depois do Vendaval" (1952) foi considerado um dos melhores filmes de Ford; Em "Hatari!" (1962), Wayne liderou um grupo de caçadores, mas foi como o caubói invencível que ele ficou para a posteridade: era Wayne o grande astro de "O Anjo e o Malvado" (1947), "Rio Vermelho" (1948), "Rastros de Ódio" (1956), "Onde Começa o Inferno" (1959), "O Homem que Matou o Facínora" (1962), "El Dorado" (1967) e "Bravura Indômita" (1968), que lhe deu o Oscar de melhor ator.
Por duas vezes tentou a direção, mas sem êxito. Primeiro com o filme "O Álamo" (1960) e, depois, com "Os Boinas Verdes" (1968), quando tentou mostrar a guerra contra o Vietnã como um conflito heróico, sem convencer ninguém. Em 1964, pôs à prova seu grande heroísmo - agora na vida real - quando descobriu que tinha câncer. Extirpou um dos pulmões, deixou de fumar e voltou aos estúdios. Em 1976, dirigido por Don Siegel, despediu-se do cinema em "O Último Pistoleiro", interpretando um pistoleiro que está morrendo de câncer, doença que o mataria três anos depois.

♫ Inhoruleiti, ♫
♫ Ioru, lei, lei, lei, lei, ♫

♫ Ouououou, le...i ♫


PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 11:36   2 comments
LEÕES E CORDEIROS
Parece que só recentemente o cinema americano vem dando gigante espaço a obras políticas. Seis anos após os atentados ao World Trade Center, vários cineastas se empenharam a realizar filmes que tenham uma mensagem aos americanos e, como não poderia faltar, uma crítica ao seu governo. Porém, nenhuma safra de filmes políticos foi tão medíocre quanto a de 2007. E o caso não é diferente com o novo filme de Robert Redford, Leões e Cordeiros.

O filme critica a guerra do Afeganistão diretamente, e essas críticas vem na sua maioria do personagem de Redford, um professor tentando convencer um de seus alunos a não ir para a tal guerra. O discurso de Redford é patriótico e inflado, e seus métodos de persuasão ao público são tão enojantes e apelativos quando aqueles usados por Paul Haggis. Se fosse protagonizado por ele, o filme seria um desastre. O próprio Redford sabe disso e coloca o foco principal da história em uma dupla improvável: uma repórter (Meryl Streep) e um senador (Tom Cruise). Ambos estão no auge de seus talentos, em dialogos afiados e nuances marcantes. O filme se torna algo infinitamente interessante quando os dois estão em cena.

Ironicamente, o filme funciona mais cinematograficamente do que politicamente. E olha que, como cinema, o filme é horrível. Mas a verdade é que Redford tem argumentos. Só não sabe como expressá-los.

NOTA 5

Eagle Tamer
posted by Revista Nerd @ 11:29   1 comments
O Passado
Belo trabalho de Hector Babenco, que representa uma maturidade do cineasta após o péssimo Carandiru. Um trabalho poético e intimista, que remete aos tempos de Coração Iluminado, o filme é um retrato quase que brutal do verdadeiro amor, honesto e ao mesmo tempo surreal. É o filme mais romântico e maduro do cineasta, dono de pérolas como Lúcio Flávio, Pixote, O Beijo da Mulher-Aranha. O filme é uma mudança de ares do habitual cinema de Babenco, que alia entretenimento a discussões sociais/políticas.

Aqui, Babenco se abre para seu lado sentimental e entrega um romance arrebatador. Gael Gárcia Bernal explora contidamente os aspectos psicológicos de seu personagem, e até parece de propósito. Parece uma tentativa de deixar alguns aspectos de Rimini um mistério para o público. Rímini é um personagem interessantíssimo, um homem que quer seguir em frente com a vida, mas que se encontra a mercê de sua (ex)mulher, Sofia, interpretada por Analía Couceyro. Os encontros e desencontros dos dois são os melhores momentos do filme. Mostram todo o potencial desolador e romântico da obra.

O filme ainda deve valer mais se levado em conta que contém a última participação de Paulo Autran no cinema, em um papel que não faz jus a seus talentos dramáticos, mas que ainda mostra ser interessante de se acompanhar. Seu personagem no filme é um dos poucos que parecem fantasiosos aos olhos do público. Talvez uma opção para que Babenco desse uma chance de sua platéia se descontrair. Como em muito de seus filmes, seu protagonista é, na verdade, um prisioneiro. Nós somos Rímini. Prisioneiros de nossos próprios corações.

Nota 8,5

Eagle Tamer
posted by Revista Nerd @ 11:25   1 comments
O Preço da Coragem
Antes de qualquer coisa, esse filme foi adaptado do livro escrito por Marianne, esposa do jornalista Daniel Pearl, seqüestrado e posteriormente assassinado por terroristas no Paquistão, Oriente médio.
Pode-se falar que o filme é quase um documentário encenado, que conta, passo a passo, o empenho de Marianne, grávida de seis meses, em tentar encontrar o Marido, Daniel, que foi degolado por terroristas paquistaneses e teve sua morte filmada e lançada na internet.
Filmes baseados em histórias reais são sempre mais difíceis de filmar, pois não existe muito espaço para “licença poética”, o diretor fica preso à verdade, e se por ventura quiser sair dela, pode estragar tudo.
Não é o caso de O Preço da Coragem, o filme é uma bela homenagem à família Pearl, com a direção firme e, digamos assim, seca de Wintebotton (de Neste Mundo). A impressão que temos é de que realmente estamos assistindo a um documentário, e, se não fosse a presença de Angelina Jolie como Marianne e alguns poucos atores conhecidos (Dan Futterman – Finalmente num papel importante, como o Jornalista Daniel Pearl, e Will Patton), não saberíamos que estávamos assistindo a um filme.
É impressionante a entrega de Jolie, mesmo com uma peruca ridícula, Angelina não consegue ser feia nunca e ali você consegue perceber que existe uma atriz madura e consciente do seu papel, passando a frieza e fragilidade nos momentos corretos, muitas vezes apenas com a força de um olhar.
Meu único senão para o filme é que é um pouco longo. Se tivesse uns quinze minutos a menos, seria impecável.
Uma curiosidade, a verdadeira Marianne Pearl resolveu escrever o livro para apresentar a seu filho o pai que ele jamais iria conhecer.

NOTA 9,0.

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 11:23   0 comments
Jogos Mortais IV

Dois homens aprisionados em uma sala, acorrentados a uma máquina como se estivessem em uma espécie de cabo de guerra. Um homem tem as pálpebras costuradas, o outro tem a boca costurada. Eles não conseguem se entender. Eles encontram, no perímetro que a corrente lhes permite alcançar, um machado e um gancho (algo como um atiçador de lareira). O “mudo” enxerga, pendurada no pescoço do “cego”, a chave que abre o seu cadeado e vai pegá-la. O “cego” não compreende o que ele quer fazer (afinal, não pode ver e o outro não pode explicar) e começam a travar uma luta corporal. O “cego” fere o “mudo” na perna com o atiçador e o “mudo” pega o machado e...

Assim, com essa cena, começa a quarta parte da franquia de Jogos Mortais, uma franquia muito bem sucedida, diga-se de passagem, que se iniciou em 2004.

Dessa vez, sabe-se desde o início (ou do final da terceira parte) que Jigsaw (Tobin Bell) e sua aprendiz, Amanda (Shawnee Smith de A Dança da Morte), estão mortos.

O filme acontece apenas quatro dias depois do assassinato da Agente Kerry (Dina Meyer de Tropas Estelares), cujo corpo é encontrado pelo detetive Hoffman (Costas Mandylor de Assassino Virtual) e pelo comandante Rigg (Lyriq Bent de Visões de um crime), e, no rastro de sua morte, entram em cena dois experientes agentes do FBI, Agente Strahm (Scott Patterson da série televisiva Gilmore Girls) e Agente Perez (Athena Karkanis) que chegam para tentar analisar o que sobrou das armadilhas de Jigsaw e assim tentar reunir todas as peças de mais um quebra-cabeças.
Entretanto, o comandante Rigg é repentinamente seqüestrado e arrastado para o angustiante jogo. O oficial tem apenas noventa minutos para superar uma série de armadilhas interligadas ou enfrentar as conseqüências mortais.

Nesse ínterim, o FBI, com a ajuda do detetive Hoffman, descobre pistas há muito ocultas que os levam de volta a Jill (Betsy Russell), ex-mulher de Jigsaw.
Pronto! Está montado o cenário que mostrará a origem da maldade de Jigsaw (inclusive o porquê da máscara do porco), expondo as verdadeiras intenções do mestre das marionetes e o plano macabro para suas vítimas do passado, do presente e do futuro.

Eu sou fã da Franquia, que fique logo claro, mas escrever sobre Jogos Mortais IV não é uma tarefa fácil, pois, por qualquer descuido, eu posso revelar, por menor que seja, algum detalhe importante do filme e estragar a surpresa de quem for assisti-lo.

O filme amarra todas as pontas soltas dos filmes anteriores com uma precisão que você irá se perguntar: “Como eles conseguiram não esquecer coisa alguma?” “Como eles conseguiram interligar todos os personagens?” “Como?”.

Interligar todos os personagens? Sim, nesse filme você verá muitos personagens, antigos ou não, e acredite, quanto menos você souber, melhor!

O filme segue o mesmo caminho dos anteriores (Em minha opinião, esse é o segundo melhor da série, só perdendo para o primeiro) e é quase (eu disse quase) o mesmo feijão com arroz de sempre, o diretor Darren Lynn Bousman (desse filme e da segunda e terceira parte) continua abusando dos cortes frenéticos (acho inclusive que já virou sua marca registrada!), as seqüências das mortes estão mais elaboradas, os atores (alguns) conseguem convencer em seus papéis, com destaque para Tobin Bell (que nasceu para essa personagem).

O que diferencia esse filme das seqüências anteriores é o Roteiro, que com uma eficiência fora do normal conclui um ciclo e dá início a outro, interligando os quatro filmes de uma maneira convincente e arrebatadora que além de fazer você pensar por um bom tempo, vai dar-lhe certeza de que não foi enganado em momento algum nos filmes anteriores.

E o sangue? Continua jorrando aos borbotões, inclusive, acho importante falar que é o mais violento da franquia, nos EUA ganhou classificação NC-17 (ou seja, só pode ser visto por maiores de 18 anos, independente da autorização dos responsáveis), o que eu acho um pouco exagerado, mas não deixa de ter sua razão, o filme é bastante violento realmente e você irá, com toda certeza, “quicar” na poltrona do cinema durante as cenas mais fortes (a isso se inclui a primeira cena do filme, narrada no início desse texto).

Enfim, um filme memorável que vale a pena ser conferido nas salas de cinema no próximo dia 26, mas não se esqueça, se você ainda não viu ou se você já viu e esqueceu algum detalhe, corra até a locadora mais próxima e dê uma conferida nos três filmes anteriores antes de assistir a quarta parte, porque, acredite, todo detalhe será importante.

Nota 8,5

PH Marinho
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1408
Antes de qualquer coisa, a título de informação, 1408 custou vinte e cinco milhões aos estúdios e arrecadou vinte milhões em apenas três dias de exibição nos EUA. Mérito das elogiadas críticas que o filme, adaptado de um conto de Stephen King, vem colecionando por lá.
Eu, do lado de cá da linha do equador, acho um pouco exagerada essa badalação em torno do filme.
Não que seja um desperdício completo, está um pouco distante disso, mas em minha opinião, o que eu poderia chamar de A Metade Negra encontra O Iluminado (ambos os filmes bem sucedidas adaptações das obras de King) não resulta mais que do que um O Apanhador de Sonhos (outro filme – esse não tão bem sucedido - adaptado da Obra de King) melhorado!
O filme é o segundo trabalho do sueco Mikael Hafström (Fora de Rumo) em um filme de língua inglesa, e conta a história de Mike Enslin (John Cusack de Alta Fidelidade), um famoso escritor, cético e solitário, que escreve sobre locais supostamente mal assombrados, digo supostamente, pois ele faz questão de desvendar e desmascarar todos os efeitos paranormais de todos esses locais depois de os visitar. Até que ele recebe uma carta, desafiando-o a passar uma noite no apartamento 1408 do Hotel Dolphin, onde já morreram mais de cinqüenta pessoas das mais diversas formas.
Gerald Olin (Samuel L.Jackson de Pulp Fiction), gerente do Hotel, tenta impedir que ele passe a noite no local, mas isso só faz aumentar o seu interesse.
Quando ele finalmente adentra o quarto é que o filme começa, pois lá ele terá contato com fantasmas das pessoas mortas naquele quarto, com mudanças repentinas de clima (às vezes neva, às vezes está um calor insuportável), e é lá dentro também que ele encontrará o seu próprio passado, que inclui uma filha morta por uma doença misteriosa (que fez que ele abandonasse a esposa) e seu pai, numa cena mal explicada (que deu a entender que ele abandonou o próprio pai em algum sanatório).

A história é interessante, sem dúvida disso, e sei que algumas pessoas podem até gostar, mas o filme pareceu-me muito arrastado, muito cansativo e muito, muito confuso. Os efeitos especiais são dignos de A Casa Amaldiçoada (péssimo filme de terror de Jan de Bont), e não consigo perceber no filme onde está todo esse terror e inovação que muitos estão apregoando por aí.
Enfim, achei o filme bastante equivocado e com um final (diferente do final do livro) nada original.
O filme só não é de todo ruim, pois tem o sempre competente John Cusack (já que não podemos falar muito de Samuel L.Jackson que aparece em cena somente por uns 20 minutos) no papel principal, e isso até vale uma espiada, nem que seja por curiosidade. Mas que John Cusack merecia ter uma melhor sorte merecia! Stephen King também.

Nota 4,0

PH Marinho
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Desbravadores
“Em uma América primitiva, selvagem, 500 anos antes de Colombo chegar às suas margens, acontece uma batalha épica entre amor e ódio que mudará o destino de um homem e o futuro de uma nação: DESBRAVADORES. Esta saga de ação e aventura recria uma das mais fascinantes eras da história da humanidade; e, entretanto, nunca vista antes, quando embarcações "dragão" dos vikings das misteriosas terras nórdicas chegaram do nada para invadir uma América do Norte imaculada. Inspirado por descobertas históricas, porém forjado com a magia e o estilo de um romance gráfico moderno, DESBRAVADORES ganha vida em uma experiência cinematográfica repleta de ação”.

Essa é a sinopse de Desbravadores (Pathfinder). Bacana não? Pomposa! Mas é a única coisa que presta nesse filme. O Diretor Marcus Nispel (Do razoável Remake de O Massacre da Serra Elétrica) simplesmente errou (e feio) na mão e nos forneceu um filme totalmente equivocado. O filme inicia-se com uma índia norte-americana resgatando o filho de um viking, com 11 anos de idade, dos destroços de um barco repleto de corpos mutilados e massacrados por alguma batalha (sabe-se lá Deus qual terá sido o propósito da batalha).
Passam-se os anos e o garoto torna-se um homem, e toma a forma de Karl Urban (O Éomer de O Senhor dos Anéis) e é apelidado pelos nativos de o Fantasma (devido a sua pela clara). Em um belo dia, o Fantasma resolve levar a sua irmã caçula para um passeio na floresta, no meio do caminho, ele avisa a irmã que estará tomando conta dela e a deixa brincando na companhia de um cachorro, nesse momento, a câmera corta para o Fantasma já no alto de uma montanha nevada para logo em seguida voltar para a indiazinha sendo encontrada pelos vikings (que mais parecem monstros saídos de algum pântano, além de nos serem apresentados como uns sádicos, perversos, verdadeiros monstros) para logo depois ser assassinada junto com a mãe e o restante da sua tribo, nesse outro momento a câmera mais uma vez corta para o personagem de Karl Urban que, inexplicavelmente, já está do outro lado da ilha (?).

Nesse momento, também, o espectador perde a paciência com o filme. A partir daí, é uma sucessão de erros, um verdadeiro samba do crioulo doido: plantas típicas de florestas tropicais integrando o cenário de uma típica floresta de Tundra; raças de cachorros típicas da cidade grande convivendo com os índios dentro da floresta cerrada, vikings devidamente preparados com trenós para altas perseguições aos índios, roupas misteriosas que aparecem e desaparecem do corpo do personagem principal que, em uma única tomada, aparece vestindo três (sim, eu disse Três! – Tanga, casaco de pele de raposa, calça comprida de couro) tipos de roupas diferentes, chefes indígenas velhacos que conversam com ursos pardos gigantes para em seguida matá-los, olhos arrancados e costurados, cicatrizes que aparecem e desaparecem do rosto do viking que teve o olho arrancado de acordo com o gosto do freguês, e a lista continua, é enorme.

E os diálogos? Eles têm a profundidade de um pires, numa cena, a filha de um chefe indígena de outra tribo conversa com o Fantasma: “O Coração do Homem tem dois lobos, um se chama amor, o outro se chama ódio”, chega a ser constrangedor.

Mas, infelizmente, não acabou por ai, a cena final, a que seria o grande clímax, a hora que todos deveriam segurar-se nas suas cadeiras, faz o público cair na gargalhada de tão ridícula (não vou contar por que tenho até vergonha de falar).
Enfim, fica uma pergunta, por que um filme desses não sai direto para o mercado de vídeo? Não que ele mereça ser visto nem no conforto da sua casa, absolutamente, o que me faz então fazer outra pergunta: Por que fazer um filme tão vazio quanto um pastel de feira? Sinceramente, gostaria de poder responder a essa pergunta.

Eu daria zero para esse filme, mas vou elevar a minha nota e justificá-la por um único motivo: Karl Urban. Além dele não ter culpa alguma, é impressionante ver a força de vontade que ele tem ao chamar a responsabilidade para si, mas uma andorinha só não faz verão, ou no caso específico desse filme, inverno! Karl Urban não merecia! Nós também não!

Nota 1,0

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 11:11   0 comments
Smiley Face
Smiley Face - (ainda sem título aqui no Brasil), do diretor Gregg Araki, é uma comédia que soa extremamente familiar a qualquer pessoa que vá assisti-la! Foi uma delícia assisti-lo e confesso que não tinha muita expectativa quanto ao filme e me surpreendi.
O Diretor (o mesmo de Splendor) não se decidiu entre fazer uma comédia descerebrada ou uma comédia mais suave com um pequeno toque de humor negro, e ficou no meio termo. Mas isso não tira o mérito do filme, que faz lembrar em alguns momentos de Cara? Cadê meu carro?, só que num tom mais sério.
O filme conta a história de Jane (Anna Faris, de Todo mundo em Pânico), uma aspirante a atriz desempregada e sem talento, que vê no vício da maconha a sua única fonte de felicidade. Um dia, Jane, tomada por uma fome inexplicável, resolve devorar pelo menos uma dezena de bolinhos que se encontravam na geladeira do apartamento que divide com Steve (Danny Masterson), seu colega de quarto, um nerd totalmente careta.
Só que os bolinhos não eram tão inocentes assim e Jane, totalmente alucinada, tem que cruzar a cidade para encontrar um traficante que ameaçou roubar a sua “melhor cama do mundo” no festival da Maconha, fazer um teste pra uma vaga de atriz e ainda repor os bolinhos que comeu.
A partir desse ponto, o filme fica muito engraçado, é impossível não se identificar com algumas cenas das alucinações de Jane (afinal, quem já viu algum amigo “viajando” alguma vez, entende perfeitamente o que eu estou falando) que se mete em confusões e mais confusões. Contar mais do filme é como tirar doce da mão de uma criança, pois o grande segredo é o inusitado das cenas.
O grande trunfo do filme tem um nome: Anna Faris. Apesar de que em alguns momentos você lembra de Cindy Campbel (personagem que a marcou na série Todo mundo em Pânico), ela carrega o filme nas costas, e não mostra nenhum sinal de cansaço por isso, pelo contrário, está muito a vontade num papel que em mãos erradas poderia pender para o caricato. Mérito dela que se mostra, assim, uma atriz cada vez mais promissora e, se bem dirigida, terá uma bonita carreira pela frente.
O filme tem um bom elenco de coadjuvantes: Adam Brody (de The O.C); John Krasinski (de Licença para Casar); Danny Trejo (de Con Air); Danny Masterson (de Prova Final); John Cho (de Madrugada Muito Louca). Mas nenhum deles é páreo para Anna Faris pelo simples fato do filme ser dela. E somente dela!

NOTA 7,5

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 10:44   0 comments
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 luni, 3 Saptamani si 2 zile) da Romênia foi o ganhador da Palma de Ouro em Cannes nesse ano de 2007. E ao assistir ao filme, você tem a certeza de que a palma está em boas mãos!

O Filme é fantástico, tem uma trama aparentemente simples, porém é polêmico, é forte, é realista, é pesado, é emocionante, é digno de Oscar (que virá em Fevereiro, se houver justiça nesse mundo!!!)

O filme do Romeno Cristian Mungiu, além da excelente direção, roteiro, tem uma fotografia bonita, com atores bonitos e fala, sobretudo, sobre amizade, e faz pensar!
O ano é 1987 e a história fala sobre a amizade de duas colegas de quarto, em uma república de faculdade, Otília (Anamaria Marinca, simplesmente perfeita no papel da melhor amiga) e Gabita (Laura Vasiliu, competente, mas ofuscada pelo brilhante trabalho da colega Marinca).
Gabita está grávida e decide abortar e, para isso, conta com a ajuda de Otília, que embora não partilhe da mesma opinião da amiga, não poupa esforços para ajudá-la, desde mentir para seu namorado (Alexandru Potocean) para conseguir dinheiro emprestado até mesmo cumprir uma exigência do médico que atende pela alcunha de Dr. Bebe (Vlad Ivanov), que irá fazer o aborto (o que é ilegal no seu País).

O aborto é sempre um tema forte e passível de discussão, e já foi discutido em diversos filmes, mas nunca de uma maneira tão franca e sincera como nesse.
Anamaria Marinca fez um excelente trabalho e já foi escalada por Francis Ford Coppola para atuar no filme Youth Without Youth e terá uma bela carreira pela frente.
Assim também como torcemos pelo diretor Cristian Mungiu, afinal de contas, uma pessoa que faz um filme como esse (sem exagero algum) merecedor de todos os prêmios existentes no mundo, não pode parar por aqui, merece muito mais.
Em minha opinião, é, sem dúvida, o Melhor filme do Festival de Cinema do Rio desse ano!

NOTA 10.

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 10:41   0 comments
Morte no Funeral
Morte no Funeral (Death at a funeral) é uma comédia de erros que conta a história de uma família dividida por ciúmes, segredos e confusões que se encontra por ocasião da morte do Patriarca da Família. Não é nada que vá mudar a nossa vida, mas sabe aquele filme que faz você se sentir mais leve? Totalmente descompromissado? E feliz? Assim é esse filme, você já viu, ouviu e até riu com as mesmas piadas (Algumas dignas do Programa Zorra Total da Rede Globo!). Mas se retirarmos apenas algumas cenas que apelam para a escatologia desnecessária, O filme é garantia de boas risadas porque, estranhamente, as mesmas piadas funcionam no filme, fazendo dele uma grata surpresa!
Eu adorei o filme, desde a abertura (simples, original e eficiente) até os créditos finais com os costumeiros erros de gravação! O Roteiro é batido, trata de inveja entre irmãos, sogros que não aceitam seus genros, pílulas trocadas, alucinógenos, a viúva que descobre a traição do marido após a sua morte, o tio ranzinza e mal-humorado, enfim, um amontoado de clichês! O diferencial desse filme é a direção franca e experiente de Frank Oz (de Será que ele é?) que resolveu apostar todas as suas fichas na escalação do elenco para contar o mesmo feijão com arroz. A direção dos atores é impecável, Frank deve ter se divertido muito durante as filmagens, pois isso fica claro na tela: Mathew MacFadyen (de Orgulho e Preconceito) esbanja charme e bom humor na pele de Daniel, o irmão “patinho feio” da história que dá a volta por cima no final; Rupert Graves (de V de Vingança) mostra-se muito a vontade no papel de Robert, o irmão bem sucedido da família; Jane Asher (Musa inspiradora de várias canções dos Beatles – entre elas Honey Pie e All My Loving – e também ex-noiva de Paul McCartney) há muito não dava as caras nas telas do cinema e mostra que ainda é competente no papel de Sandra, a matriarca da família; Peter Dinklage (de Vira-Lata) mostrando-se cada vez mais versátil na tela do cinema como Peter, o discreto amante gay; Peter Vaughn (de As Montanhas da Lua) esbanjando bom humor no mal-humorado personagem Tio Alfie; e Alan Tudyk (guardem esse nome, de Eu, Robô), são dele as piadas mais engraçadas do filme! No papel de Simon ele é, de longe, a melhor coisa que vemos no filme!
Enfim, o filme na verdade é bem meia boca, mas, quer saber? O cinema precisa de filmes assim porque o público precisa de filmes assim!

Frank Oz parece saber disso! Que Bom!!!!

NOTA 8,0

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 10:38   0 comments
O Acompanhante
Filme de Paul Schrader (o mesmo de Gigolô Americano e City Hall) conta a história de Carter Page III (Woody Harrelson, ótimo) um acompanhante gay de senhoras da alta sociedade, que, por força do trabalho, torna-se habitué de óperas, jantares em restaurantes luxuosos, teatros e jogos de carta.
Carter vê-se envolvido em um crime de assassinato quando Lynn, a esposa de um senador (Kristin Scott Thomas, apática e sem brilho, como de costume), encontra o seu amante morto e pede que ele a ajude. Isso por que Carter resolve assumir que foi a primeira pessoa a encontrar o corpo do amante e assim poupar Lynn do constrangimento de ter que assumir que era uma adúltera.

Só que esse gesto de bondade terá um preço e Carter se torna o principal suspeito do assassinato. Uma vez suspeito, Carter é abandonado pelos amigos e só contará com a ajuda de seu namorado Emek (Moritz Bleibtreau, de Corra Lola, Corra) para provar a sua inocência.
Não se pode dizer que O Acompanhante seja ruim, mas o diretor não soube aproveitar a força do seu elenco e desperdiçou talentos como Lauren Bacall (cujo personagem, se tivesse mais peso na história, poderia até mesmo render mais uma indicação ao Oscar para a veterana atriz, tamanho é o seu talento), Lily Tomlyn (totalmente desperdiçada), Ned Beatty e Willen Dafoe (merecia mais). Também não soube explorar o próprio roteiro, que às vezes soa muito confuso, é extremamente lento, arrastado, isso sem falar da péssima fotografia. Uma pena.
A surpresa fica por conta de um surpreendente Woody Harrelson (normalmente alucinado e agitado como em Assassinos por Natureza e ED TV), contido no papel de um gay da alta sociedade de família tradicional, o que seria um prato cheio para atores mais afetados tornarem-se caricatos. Nas mãos de Woody, que leva a personagem com seriedade e elegância, é garantia de uma ótima interpretação. Pensando bem, estou falando de Larry Flint, então não é surpresa alguma.

NOTA 6,0.

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 10:33   0 comments
Quebra de Confiança
Inspirado em fatos reais, Quebra de Confiança, narra os dois últimos meses em liberdade de Robert Hanssen (Chris Cooper), um renomado agente do FBI, prestes a se aposentar, que foi considerado culpado por traição aos EUA e que, durante um período de 25 anos, vendeu, deliberada e sistematicamente, informações da inteligência Americana à antiga União Soviética.
O filme trata, exatamente, de como Robert Hanssen foi desmascarado e preso com a ajuda de Eric O’Neill (Ryan Phillippe), um jovem agente em treinamento, que é escolhido a dedo para participar dessa missão.
Essa é a sinopse de Quebra de Confiança, excelente drama dirigido com competência por Billy Ray (De O Preço de Uma verdade), que trata de espionagem, religião e, é claro, confiança.
Filmes baseados em fatos reais tendem a não ter surpresas, mas o roteiro impecável, a direção segura de Billy Ray e a interpretação soberba de Chris Cooper prendem nossa atenção até o final.
O filme começa mostrando Eric O’Neill, ainda um Agente em Treinamento, determinado e ambicioso, já casado com a jovem Juliana (Caroline Dhavernas), em uma missão bem sucedida. É quando, então, ele é procurado pela Agente Especial Kate Borroughs (Laura Linney), que lhe oferece a chance de ingressar em uma nova missão: vigiar todos os passos do agente Hanssen. Ele é promovido à central do FBI e é designado a trabalhar para o renomado Agente Hanssen que tem que chefiar uma nova divisão criada para proteger todas as informações confidenciais da inteligência do FBI.
Logo num primeiro contato, Hanssen se mostra um homem desconfiado e hostil, mas Eric percebe, então, que há algo errado em vigiar Hanssen, um homem aparentemente honesto e religioso ao extremo. E é justamente nessa parte do filme, que podemos chamar de primeira, que vamos sendo apresentados a Robert Hanssen, sob o ponto de vista de O’Neill, ou seja, durante 40 minutos, perguntamo-nos por que o FBI desconfia desse homem tão religioso? Desse marido tão dedicado? Desse avô tão amoroso? Desse homem tão preocupado com o bem estar de um assistente?
E quase somos enganados pelas qualidades de Hanssen, não fosse a personagem de Laura Linney (kate Borroughs), que aparece em momentos chave para nos lembrar que esse homem é, na verdade, muito perigoso. E é a partir do momento que kate abre o jogo para O’Neill, já quase desistindo da missão por não acreditar que aquele homem tenha algum tipo de culpa, que vamos perceber a verdadeira face de Hanssen.

Quanto às interpretações:

Chris Cooper (De Adaptação) dispensa qualquer outro adjetivo senão um: Magistral. Ele simplesmente está perfeito, não poderia haver escolha mais acertada para o papel de Robert Hanssen. Talvez seja pretensão minha, mas Gostaria de vê-lo indicado a certa estatueta dourada no ano que vem.
Laura Linney (De Kinsey – Vamos falar de Sexo), apenas burocrática, não por culpa dela, mas da própria personagem. Consegue imprimir o peso necessário à sua Kate Borroughs.
Ryan Phillippe (De Segundas Intenções), apesar da sua eterna expressão “mamãe, eu sou ator sério” durante o filme inteiro, não conseguiu convencer-me como o jovem agente Eric O’Neill, apesar de não comprometer a trama em momento algum. A bem da verdade, você só lamenta o fato de um personagem tão forte estar nas mãos de um ator tão fraco.
Caroline Dhavernas (Guardem esse nome – De Hollywoodland) interpreta com muita convicção a esposa de Eric, Julianna O’Neill.
Complementando o elenco, temos as participações de Kathleen Quinlan (De Apollo 13) interpretando a esposa de Hanssen, Bonnie; Dennis Haysbert (de Longe do Paraíso) como o Agente especial Plesac; Gary Cole (De A Família Sol Lá Si) como Rich Garces, Agente especial que ajudou a supervisionar a operação que trouxe Hanssen para a armadilha do FBI e Bruce Davison (De X-Men) como o pai de Eric, John O’Neill.

Apesar de algumas pequenas falhas no roteiro deixarem algumas pontas soltas, Quebra de Confiança apresenta situações reais e menos “cinematográficas” que a maioria dos filmes de espionagem, conseguindo uma interessante ambigüidade nas motivações que levaram Hanssen a trair o seu próprio país.

Pena que temas tão fortes e polêmicos, Como a Opus Dei e o fato de Robert Hanssen ser um pervertido sexual, apesar de fervorosamente religioso, não tenham sido aprofundados.

Nota 8,0

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 10:27   1 comments
Stardust - O Mistério da Estrela
Baseado no livro de Neil Gaiman, Stardust conta a história do jovem Tristan Thorne, que vive no vilarejo de Wall (ou “Muro”) e é apaixonado pela jovem Victoria. Em um encontro com a garota uma estrela cadente surge nos céus e cai após o muro que separa a cidade do mundo mágico de Stormhold. Para conquistar o coração da garota ele precisa atravessar o muro, e trazer a estrela (Yvaine, interpretada por Claire Danes) até Wall. Só que para isso ele tem que enfrentar a bruxa Lamia, que quer o coração da estrela para se manter jovem para sempre e o príncipe Septimus, que precisa de um rubi que está com Yvaine para se tornar rei.
A segunda empreitada de Matthew Vaughn (Nem tudo é o que parece) na direção, Stardust é uma espécie de conto-de-fadas para a nova geração. Com piratas voadores, bruxas más, amuletos da sorte e uma história de amor, o filme acaba garantindo uma diversão mais que razoável, nunca se levando a sério demais, garantindo leveza até nos momentos mais sérios da trama. E com o elenco que o filme possui, o ingresso acaba sendo mais que válido. Afinal, que filmes hoje em dia trazem atores como Peter O’Toole e Ricky Gervais em pontas?
E ainda tem Michelle Pfeiffer pela segunda vez no ano se divertindo muito como uma vilã perturbada pela idade, em mais um trabalho que mostra que a moça voltou com tudo. Robert DeNiro como sempre competente ao extremo, mas com um personagem que esconde um “segredo” bem interessante, o que deixa suas cenas ainda mais imperdíveis. Já o casal principal composto por Claire Danes e Charlie Wilcox mostra carisma e competência a todo o momento, principalmente Danes, que possui uma personagem de certa forma fascinante (afinal, é uma estrela!).
Um filme desses precisa de um grande visual, e talvez seja nisso que a produção erre um pouco. Em alguns momentos os efeitos parecem não dar conta do recado, e apesar de não serem nunca ruins, acabam ficando bem aparentes em certas cenas. Mas nada que prejudique o filme, já que o ritmo é tão acelerado que as vezes fica até difícil reparar em todos os detalhes.
Um conto-de-fadas mal comportado, Stardust se tornou uma das melhores surpresas do ano e um dos filmes mais agradáveis dos últimos tempos. No ano em que tantos blockbusters decepcionaram o público, é um filme que merece ser visto.

Nota 8,5

Viníccius Martins Boaventura
posted by Revista Nerd @ 10:24   0 comments
Editorial Nerd Novembro
E chegamos ao numero 3. E em um mês complicado. Novembro não é um grande mês no tocante a grandes estreias, é um especie de entresafra do filmes pipoca, nos deixando com filmes mais serios e na corrida do oscar ja declarada. O velho oeste esta de volta em 2 filmes aguardadissimos(3:10 to yuma & Assassinato de Jesse James) e aproveitamos para fazer um apanhado dos grandes filmes que marcaram o genero. Materia tmbm falando sobre a escolha do Ano que meus Pais sairam de férias para representar o Brasil no Oscar(quando a grade aposta seria Tropa de Elite) e ainda filmes, quadrinhos, musica, de tudo um pouco. Saque rapido e até mês que vem!

Sasquash Cavalera Diretor de Redação
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posted by Revista Nerd @ 10:13   0 comments
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