
Juno Todo ano, em meio a grandes filmes de verão, candidatos ao Oscar, filmes com temática política (etc), surge um filme simples, sem efeitos especiais, lições de moral, que não possuí o interesse de chamar a atenção para algum tipo de deficiência, etc. Um filme simples, que conta apenas com sua história e as interpretações de seu elenco para cativar o público, um filme tão simples que acaba se tornando apaixonante. É esse o caso de Juno. Juno (Ellen Page) é uma inteligente adolescente que descobre estar grávida após uma única relação sexual com o seu melhor amigo Paulie Bleeker (Michael Cera, o Evan de Superbad). Logo depois de ir a uma agência de aborto e não se sentir bem no local, Juno resolve ter o menino e entregá-lo à adoção. Quando encontra o suposto casal perfeito para o menino (Jennifer Garner e Jason Bateman), Juno tem que conviver com todas as estranhezas de conviver com o casal que adotará a criança. Em Juno, Jason Reitman mostra que sabe o que está fazendo, e que sua estréia no excelente Obrigado Por Fumar não havia sido sorte de principiante, abocanhando uma indicação ao Oscar de direção e confirmando-se como um nome a ser acompanhado. Ellen Page, que já tinha dito à que veio em Meninamá.com, também encontrou sua primeira (e merecida) indicação ao Oscar de melhor atriz pelo papel da adolescente inteligente e inquieta. E os elogios do elenco não ficam somente com Page. Todo o grupo está radiante. Desde Michael Cera, como o melhor amigo tímido de Juno, até Jennifer Garner e Jason Bateman, passando ainda por um J.K. Simmons totalmente diferente dos mau-humorados (e hilários) J.J Jameson de Homem Aranha e BR de Obrigado Por Fumar. Destaque também para o excelente roteiro original de Diablo Cody (a verdadeira carta na manga do longa, também indicado ao Oscar 2008), é impressionante a quantidade de diálogos e piadas inteligentes que o filme apresenta em apenas 92 minutos, e para a excelente trilha sonora. Um filme apaixonante que conquistou merecidamente sua vaga entre os cinco finalistas na categoria de melhor filme no Oscar 2008. Nota: 10.0 Daniel Miguel |