Revista Nerd
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Antes de qualquer coisa é preciso Agradecer a Baz Luhrman, pois ele foi o responsável pela volta do Gênero Musical aos cinemas com o seu musical Pós-Moderno Moulin Rouge (2001), que se não tivesse feito o sucesso que fez talvez filmes como Chicago (2002); Os Produtores (205); High School Musical (2006); Happy Feet, O Pingüim (2006); Hairspray - Em Busca da Fama (2007) entre outros não tivessem sido produzidos ou concebidos da forma que foram lançados.

E isso nos leva a Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, pois foi graças a esse revival dos musicais no cinema, que Sweeney Todd foi produzido. E talvez Tim Burton não se interessasse pela adaptação do Musical homônimo de Stephen Sonhein, que em 1979, adaptou a já conhecida história para os palcos da Broadway, tendo Len Cariou e Ângela Lansbury como protagonistas.

A primeira vista pode-se achar estranho Tim Burton, diretor conhecido pelo seu estilo próprio e inconfundível de filmar topasse dirigir um musical, mas se prestarmos mais atenção, ele já havia ensaiado uns passos no Gênero com a animação A Noiva Cadáver e se puxarmos mais ainda pela memória lembraremos de Os Fantasmas se Divertem e sua inesquecível cena do Jantar com os fantasmas, o que nos leva a crer que dirigir um musical propriamente dito era apenas questão de tempo.

E a oportunidade surgiu com Sweeney Todd. Convite feito, convite aceito, faltava agora escalar o elenco. E ninguém melhor do que Johnny Depp, amigo de Tim Burton e habitual colaborador nos filmes do mesmo (Incluindo-se Edward Mãos de Tesoura; Ed Wood; A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça; A Noiva Cadáver e A Fantástica Fábrica de Chocolate, essa é a sexta participação de Deep nos filmes de Tim Burton) e Helena Bonhan Carter, esposa do diretor, para darem vidas aos protagonistas do filme.

E não é que o que poderia parecer estranho à primeira vista mostrou-se um filme de primeira?

O filme é uma delícia de se assistir, tramita com competência pelo drama, pelo terror, pelo romance, pela comédia de Humor Negro, sem esquecer que é um musical!!!

E falando em musical É impossível escrever sobre um musical sem falar das músicas, mas estranhamente as músicas desse filme não grudam na nossa cabeça, não ficam Martelando o tempo inteiro, é evidente que elas nos deixam com um sorriso no rosto (A exemplo de “The Worst pies in London”, cantada pela Sra. Lovett enquanto prepara uma torta, logo em sua primeira aparição na cozinha, cuja melodia nos remete a outro musical, Annie), mas elas estão ali apenas para contar a história! E que história...

Em Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, Benjamin Barker (Depp) é preso injustamente por determinação do malévolo juiz Turpin (Alan Rickman). Ele jura vingança pelas conseqüências que sua prisão trouxe às vidas de sua mulher Lucy (Laura Michelle Kelly) e sua filha (que acaba sendo criada pelo malévolo juiz). Quando sai da cadeia, volta à Londres e reabre sua barbearia sob o nome de Sweeney Todd, que 'faz a barba de alguns cavalheiros de que nunca mais se ouve falar'. Sweeney tem como adversários, além de Turpin, o comparsa do juiz, Beadle Bamford (Timothy Spall), e o exagerado barbeiro rival Signor Adolfo Pirelli (Sacha Baron Cohen), mas conta com a ajuda da apaixonada Sra. Lovett (Helena Bonham Carter), dona da barbearia onde trabalhava antes de ir para a a prisão.

Não poderia haver escolhas mais acertadas para o elenco: Johnny Depp (Concorre ao Oscar de melhor ator esse ano por esse filme) exala força e leveza no papel de Sweeney Todd, o barbeiro do Título, em um papel que em mãos erradas poderia por o filme inteiro a perder; Helena Bonhan Carter (Asas do Amor) parece ter nascido para interpretar o papel da Sra. Lovett, criadora das sinistras tortas de carne, tamanha a desenvoltura da sua interpretação, suave, cômica e macabra na medida certa; Alan Rickman (Razão e Sensibilidade) competente como já é de costume, consegue imprimir a crueldade do Juiz Turpin apenas com o olhar; Timothy Spall (Topsy-Turvy) também competente consegue imprimir raiva a sua personagem em alguns momentos; Sacha Baron Cohen (Borat) tem uma participação bastante pequena no filme, porém bastante significativa; E há ainda os atores oriundos do teatro que fazem sua estréia na tela Grande em papéis importantes como Jayne Wisener (Johanna, Filha de Baker e que fora criada pelo Juiz Turpin), Jamie Campbell Bower (Anthony, Marinheiro que traz Baker de volta a Londres quando o mesmo sai da prisão e que acaba por se apaixonar por Johanna), Edward Sanders (Toby, Assistente de Pirelli que é adotado pela Sra. Lovett) e Laura Michelle Kelly (Pedinte e... bom, deixa pra lá!).

Meu único senão do filme é sobre os atores escalados para interpretar o casal apaixonado (Johanna e Anthony). O filme merecia um casal de atores mais expressivos, tenho certeza que nas mãos de atores mais competentes (ou experientes) o filme soaria melhor!

Mas claro que isso não tira o brilho do filme de Tim Burton, pois apesar de ser um musical, apesar de Burton ter que ter sido previamente aprovado pelo autor da Obra – Stephen Sondhein, junto com Depp e Bonham Carter, você sabe que está assistindo a um filme de Tim Burton, pois a fotografia escura está lá, os cenários “Tortos” (em menor escala, é verdade) também estão lá, a abertura estilosa também está...mas acreditem, Burton nunca esteve tão contido e o elenco pode estar em estado de graça (e está!) mas o mérito do sucesso de Sweeney Todd: O barbeiro Demoníaco da Rua Fleet é todo de Burton!

Ahn! Somente a título de Curiosidade, todos os atores presentes no filme cantam com suas próprias vozes. Que isso sirva de aperitivo para vocês darem uma conferida nas salas do cinema, não sem antes protegerem a sua Jugular, é claro!

Nota: 9,5

Título do Filme: Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Título Original: Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

Ano: 2007

Diretor: Tim Burton

Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Alan Rickman, Sacha Baron Cohen, Timothy Spall

Roteiro: John Logan
Gênero: Musical

Origem: EUA

Duração: 116 Min.

Data estréia Brasil: 08/02/2008

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 09:22  
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