Charlie Logan (Dane Cook) é um homem amaldiçoado. Sempre que faz sexo com uma pessoa, essa pessoa encontra sua alma gêmea (e acaba se casando) no primeiro pretendente romântico após a relação com Charlie. Após a noticia se espalhar, o consultório de Charlie passa a ser “invadido” por várias mulheres querendo ter sua chance de encontrar suas almas gêmeas. Nada que pareça muito ruim, até Charlie conhecer a paixão de sua vida: Cam Wexler (Jéssica Alba), uma mulher extremamente linda (e atrapalhada) que é apaixonada por pingüins. Para não perder sua alma gêmea, Charlie tenta quebrar sua maldição ao mesmo tempo em que tenta resistir à tentação de ir para a cama com Cam. Idéia interessante, mas que não rende nas mãos do comediante Dane Cook e do diretor estreante Mark Helfrich (ex-editor dos filmes de Brett Ratner). Se o filme estivesse nas mãos de comediantes como Will Ferrel ou Judd Apatow (que conseguem transformar até o maior besteirol em excelentes comédias), com certeza seria um filme impagável. Cook parece também acreditar que são algumas piadas de mau gosto como a zoação com uma mulher obesa e com outra mulher com polimastia (pessoa com três seios) e cenas de sexo completamente inacreditáveis, que faz o público gargalhar. Surpreendentemente, as duas ou três situações engraçadas presentes no filme vêm da personagem de Jéssica Alba, e é só. E são exatamente a beleza e o carisma de Alba que salvam o filme da completa chatice. O final do filme chega, e Charlie acha a solução para o seu problema da forma mais idiota e previsível possível. Se o que você procura no cinema é uma desculpa para ficar pouco mais de 95 minutos junto de sua namorada em uma sala de cinema, Maldita Sorte não lhe fará mal algum. Caso o contrario, é preferível que você fique em casa para assistir a reprise de Seinfeld, que não perde a graça nem com o tempo. Nota: 3 Daniel Miguel |