Revista Nerd
sábado, 8 de dezembro de 2007
A Lenda De Beowulf (Beowulf, EUA, 2007)
Robert Zemeckis continua o mesmo. Seja dirigindo um filme que mistura aventura e ficção cientifica (De Volta Para O Futuro), um filme mais sério retratando a sociedade norte-americana (Forrest Gump), ou até mesmo em uma animação sobre uma noite de natal (O Expresso Polar), o que o cineasta fornece ao público é entretenimento de primeira linha (Afinal, quem não se divertiu com Uma Cilada Para Roger Rabbit? Ou com Náufrago? Ou com A Morte Lhe Cai Bem?). Às vezes seus filmes agradam a todos (caso de De Volta Para O Futuro e Forrest Gump), às vezes não (O Expresso Polar). A Lenda de Beowulf talvez pertença à segunda situação, mas sem duvida não quebra a regra de entretenimento.

Se em De Volta Para O Futuro o segredo estava nas aventuras que fariam até o homem mais sério desejar retornar a sua adolescência só para ser igual a McFly, em Beowulf (título original), a razão de existência do filme é a revolução que Zemeckis promove
à técnica de captura de performance (a mesma utilizada por Zemeckis em O Expresso Polar).

Não que o filme não possua outros méritos, mas dessa vez o destaque fica com o setor técnico. Alguns iram reclamar do roteiro escrito por Neil Gaiman e revisado por Roger Avery. O roteiro não é ruim, porém (pela primeira vez na carreira de Gaiman), não é excelente. Outros reclamaram da duração do filme (aproximadamente 100 minutos), já que se trata de um filme épico (que costuma durar muito mais tempo). Por esse dois motivos, talvez A Lenda de Beowulf se encaixe no mesmo caso de O Expresso Polar.

O filme conta a história de Beowulf (Ray Winstone), guerreiro que se apresenta ao Rei Hrothgar (Anthony Hopkins), que tem seu reino sobre constante ataque do demônio Grendel (Crispin Glover). Após a vencer Grendel, Beowulf ganha como prêmio (ou seria maldição?) a herança real e a Rainha Wealthow (Robin Wright Penn). Décadas depois, Beowulf (já coroado rei) se vê obrigado a encarar a ira da mãe de Grendel (também um demônio, interpretada por Angelina Jolie), e seu novo filho que passa a atacar o seu reino.

Contando com um ótimo elenco, o filme é equilibrado em ótimas cenas de ação e situações cômicas hilárias (impossível não rir com a canção dos soldados), ambas com uma competente trilha sonora ao fundo.

Se tiver a oportunidade, não deixe de ver o filme em uma das quatro salas 3D do Brasil. Nelas, o filme fica ainda melhor. Flechas voam da tela até o expectador, a chuva não se prende ao filme, braços estendidos pulam da tela. O filme, literalmente, não se prende ao finito espaço 2D da tela. Não deixe a dublagem te assustar. Aqui ela é extremamente competente e sem censuras a ponto de deixar a pergunta “Por que não são todas assim?”. Uma pena que não exista mais de quatro salas digitais no Brasil. Talvez, se houvesse, os cinemas não perderiam público para os seus irmãos bastardos vendidos no camelô da rua ao lado.

Nota 8

Daniel Miguel
posted by Revista Nerd @ 05:43  
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