terça-feira, 6 de novembro de 2007 |
O Passado |
Belo trabalho de Hector Babenco, que representa uma maturidade do cineasta após o péssimo Carandiru. Um trabalho poético e intimista, que remete aos tempos de Coração Iluminado, o filme é um retrato quase que brutal do verdadeiro amor, honesto e ao mesmo tempo surreal. É o filme mais romântico e maduro do cineasta, dono de pérolas como Lúcio Flávio, Pixote, O Beijo da Mulher-Aranha. O filme é uma mudança de ares do habitual cinema de Babenco, que alia entretenimento a discussões sociais/políticas.
Aqui, Babenco se abre para seu lado sentimental e entrega um romance arrebatador. Gael Gárcia Bernal explora contidamente os aspectos psicológicos de seu personagem, e até parece de propósito. Parece uma tentativa de deixar alguns aspectos de Rimini um mistério para o público. Rímini é um personagem interessantíssimo, um homem que quer seguir em frente com a vida, mas que se encontra a mercê de sua (ex)mulher, Sofia, interpretada por Analía Couceyro. Os encontros e desencontros dos dois são os melhores momentos do filme. Mostram todo o potencial desolador e romântico da obra.
O filme ainda deve valer mais se levado em conta que contém a última participação de Paulo Autran no cinema, em um papel que não faz jus a seus talentos dramáticos, mas que ainda mostra ser interessante de se acompanhar. Seu personagem no filme é um dos poucos que parecem fantasiosos aos olhos do público. Talvez uma opção para que Babenco desse uma chance de sua platéia se descontrair. Como em muito de seus filmes, seu protagonista é, na verdade, um prisioneiro. Nós somos Rímini. Prisioneiros de nossos próprios corações.
Nota 8,5
Eagle Tamer |
posted by Revista Nerd @ 11:25   |
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1 Comments: |
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Carandiru é uma merda. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas a bunda de Rita cadillac salva os poucos minutos interessantes.
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Carandiru é uma merda. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas a bunda de Rita cadillac salva os poucos minutos interessantes.