 Baseado em um conto de Stephen King, 1408 traz John Cusack como uma espécie de investigador paranormal que procura lugares supostamente “mal-assombrados” para que possa escrever livros sobre eles. Até que visita o Hotel Dolphin e procura investigar o quarto 1408, em que mais que 56 pessoas já morreram após uma hora dentro do quarto (ou menos). Mesmo com as tentativas do gerente (Sam Jackson, assustador), Cusack vai ao quarto e tem que sobreviver à pior hora de sua vida. John Cusack é um tipo de ator que se encaixa facilmente em qualquer papel, e como o escritor Mike Enslin, ele é a melhor sacada do filme, sendo que sua reação em frente aos “dons” do quarto são das coisas que realmente assustam na produção, assim como o misterioso gerente vivido por Samuel L. Jackson, mesmo que este apareça pouco.
1408 caminha bem em sua primeira meia-hora, mostrando mais do personagem de Cusack, e as primeiras cenas no hotel e no quarto são das melhores do filme, mas depois que sai da subjetividade e o 1408 para de brincar com Enslin para realmente aterrorizar o personagem, o filme perde o ritmo. É uma trama muito simples que acaba se estendendo demais. As cenas do quarto devem ocupar mais que uma hora do filme, sendo que tudo podia ser muito bem resumido em no máximo 40 minutos. A produção acaba ficando arrastada, e nem os bons sustos salvam, já que o suspense acaba se perdendo em meio a tanta enrolação.
É um caso raro de suspense hoje em dia que ao invés de ter uma boa execução e errar na revolta final, peca na execução e acerta no final (que é eficiente, mas nada demais). Um tempinho a menos faria com que o filme fosse melhor.
Nota 5,5
Viníccius Martins Boaventura |