 Outro filme com pingüins logo depois que Happy Feet ganhou o Oscar de Melhor Animação faz parecer que a Sony está “pegando onda” no sucesso do filme anterior entregando um produto sem originalidade e qualidade alguma (caso de Madagascar/ Selvagem), só que o caso não podia ser mais diferente. Tá Dando Onda é provavelmente uma das animações mais originais dos últimos anos, além de ser muito divertido. O motivo é simples: o filme é um “documentário”. E a escolha não podia ser mais acertada, esse tom faz o filme. Desde cenas colocadas com replay e múltiplos ângulos, até os depoimentos de personagens e as reclamações da presença do camera-man, o máximo que uma animação já chegou disso são os “erros de gravação” dos primeiros filmes da Pixar. A história é sobre Cadú Maverick, um pingüim da Antártida que tem o sonho de surfar como seu ídolo Big Z (já falecido) no campeonato da ilha Pingú. Um caça-talentos aparece na sua porta e ele vai para o campeonato “Big Z Surf Memorial” competir com o campeão Tank “Triturador” Evans e com os outros surfistas, como o galináceo João Frango.
O filme é um festival de boas piadas, sendo que todos os personagens (sem exceção) são cativantes e cheios de particularidades. Há aquele coadjuvante que rouba a cena (o hilário João Frango), mas nesse filme, todos os personagens são divertidíssimos e todos recebem o devido destaque (e tudo em menos que uma hora e meia). É um dos filmes mais legais do ano, e diferente do que parecia, tá longe de ser uma cópia dos pingüins cantores.
Nota 8,5
Viníccius Martins Boaventura |