Revista Nerd
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet


Sweeney Todd conta a história do barbeiro Benjamin Barker, preso injustamente por 15 anos na Austrália, que volta com o nome de Sweeney Todd prometendo se vingar dos responsáveis pela sua morte, cortando a garganta de seus clientes e escondendo os corpos em tortas que viram a nova sensação de Londres. Ah, e é um musical.

Uma combinação dessas não é das mais fáceis de encontrar, e um pequeno erro poderia fazer o projeto todo desabar. Mas não foi o que aconteceu. A união do diretor Tim Burton (Edward Mãos-de-Tesoura, Os Fantasmas se Divertem) e do compositor Stephen Sondheim resultou em um grande espetáculo cinematográfico e um dos melhores filmes do ano passado.

Com Johnny Depp interpretando o barbeiro assassino e Helena Bonham-Carter a sua cúmplice e responsável pelas tortas, a Sra. Lovett, não há como haver muitas dúvidas sobre atuações. E se havia alguma na hora de cantar, logo no começo quando Depp já começa o filme soltando a voz, as dúvidas acabam. Ele não é um grande cantor, mas faz o necessário para o personagem; melancólico, sombrio e assustador. Chamam a atenção também os novatos Ed Sanders, como o garoto Toby e Jamie Campbell Bower, como o marinheiro que se apaixona pela filha do barbeiro. Especialmente Sanders enche a tela de carisma quando aparece e protagoniza uma das cenas mais tocantes do filme (a ótima canção “Not While I’m Around”)

Quem não gosta de musicais, pode passar longe. As quase duas horas de filmes possuem pouquíssimos diálogos, com uma música atrás da outra. E, por incrível que pareça, não fica cansativo. Tim Burton consegue comandar muito bem o espetáculo e o ritmo do filme é ágil, sem grandes números musicais e, como a peça em que se baseia, é repleto de humor e, claro, sangue, muito sangue. Se as matanças demoram mais que meia-hora para acontecer, quando começam o sangue jorra aos montes, e não contente Burton ainda deixa os corpos caírem de cabeça no chão da loja de tortas com um grande baque.

Quando chega ao final, triste, cruel e até poético, “Sweeney Todd” se mostra o musical mais impressionante desde Moulin Rouge, e talvez o melhor filme de Tim Burton. Não é pouca coisa

Nota 10

Viníccius Boaventura

posted by Revista Nerd @ 09:30  
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