Revista Nerd
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Festival do Rio
Um apanhado dos filmes conferidos no festival por nosso correspondente PH Marinho;

Hairspray – Em Busca da Fama


Devido ao trânsito, cheguei com um atraso de 5 minutos à exibição do Filme Hairspray – Em Busca da Fama, uma pena que hei de reparar quando o filme entrar em circuito no dia 05 de outubro.
Bom, mas vamos ao filme. Como disse, cheguei atrasado e, ao entrar na sala escura e lotada, deparo-me com a figura de John Travolta na tela, melhor dizendo, Edna Turnblad, mãe da protagonista do filme, a rechonchuda Tracy Turnblad. Impossível não esboçar um sorriso só ao ver a figura do ator travestido na personagem.
Continuando, o que eu vi na tela hoje permanecerá na minha mente por muito tempo, o filme é excelente! Sabe aqueles filmes simpáticos que fazem você sair do cinema com um sorisso de orelha a orelha?

O filme fez-me lembrar Grease – Nos Tempos da Brilhantina (musical que adoro), só que é muito superior. O elenco está em estado de graça, mais à frente, eu faço questão de citar um a um. Por hora, atrevo-me a dizer que Hairspray – Em Busca da Fama é o melhor musical em muitos anos, superior mesmo a Moulin Rouge e até mesmo a Chicago, na minha opinião!
Mérito do Diretor Adam Shankman, o mesmo que fez bobagens como Operação Babá e Doze é Demais, que deve ter se divertido muito durante as gravações, por que isso se percebe na tela! É nítido, ele foi de um bom gosto e de uma sutileza desde a escolha do elenco até a escolha do cenário, passando pela excelente coreografia e, é claro, na escolha das músicas (acredite, é impossível não cantarolar as músicas, elas grudam na cabeça e inevitavelmente você irá pegar-se balançando a cabeça ou mesmo batendo com o pé no chão ao ritmo delas – Eu fiz isso). Enfim, posso afirmar que Adam Shankman fez um excelente trabalho e está perdoado pelas bobagens do passado.

E o elenco? Ah, que elenco: Nikki Blonsky (Tracy Turnblad, impecável, entrando pela porta da frente do cinema, tomara que sua anatomia, um tanto quanto “rechonchuda” não a limite e a rotule e a impeça de tentar novos caminhos no cinema); John Travolta (de Pulp Fiction, perfeito, parece que nasceu para o papel de Edna Turnblad, tamanha a desenvoltura do ator, que canta, dança e representa com uma leveza que você esquece que ali está um ator envolto em roupas de enchimento e com quilos e mais quilos de maquiagem); Michelle Pfeifer (de O Feitiço de Aquila, mais linda do que nunca, é a vilã da história, Velma Von Tussle, diretora da emissora que faz tudo para atrapalhar a carreira da novata Tracy); Christopher Walken (de A hora da zona Morta, competente como sempre e também como você nunca o viu antes, leve, simpático, sorridente no papel do patriarca da família Turnblad); Amanda Bynes (de Ela é o cara, comumente insossa, surpreende na pele da melhor amiga de Tracy, Penny); Zac Efron (De High School Musical como Link, interesse amoroso de Tracy, simpático); Queen latifah (como Maybelle, apresentadora do programa O Dia do Negro, contida e sensível, impossível não se emocionar na hora do solo em que ela canta uma música Gospel); James Marsden (de X-Men, Corny Collins, apresentador do programa que tem o seu nome, é ele quem descobre Tracy e a convida a fazer parte do programa, esbanjando simpatia); e mais Britanny Snow (de Operação Babá, Amber, a filha de Velma, invejosa e trapaceira); Elijah Kelley (de 28 dias, Seaweed, filho de Maybelle e interesse romântico de Penny); Allison Janney (de Happy,Texas, como a mãe de Penny, faz, junto com Amanda Bynes, uma das cenas mais engraçadas do filme) , os veteranos Jerry Stiller e Paul Dooley, a participação de Ricky Lake (a Tracy do filme original), do Diretor John Waters, e até mesmo o diretor, o compositor e o roteirista do filme, respectivamente Adam Shankman, Marc Shaiman e Scott Wittman, não quiseram ficar de fora e descolaram uma ponta bacana.
Resumindo tudo, é um filme feito para divertir e que cumpre bem o seu papel e, como se não bastasse, ainda nos faz pensar sobre o preconceito racial.Enfim, um filme para se guardar na memória.
Vale ressaltar que Hairspray – Em Busca da Fama é uma adaptação da peça teatral homônima que, por sua vez, foi uma adaptação do filme Hairspray – e éramos todos jovens do diretor maldito John Waters (Cry Baby, Mamãe é de morte).

NOTA 10

O Preço da Coragem

O Preço da Coragem - é o filme adaptado do livro escrito por Marianne, esposa do jornalista Daniel Pearl, seqüestrado e posteriormente assassinado por terroristas no Paquistão, Oriente médio.
Pode-se falar que o filme é quase um documentário encenado, que conta, passo a passo, o empenho de Marianne, grávida de seis meses, em tentar encontrar o Marido, Daniel, que foi degolado por terroristas paquistaneses e teve sua morte filmada e lançada na internet.
Filmes baseados em histórias reais são sempre mais difíceis de filmar, pois não existe muito espaço para “licença poética”, o diretor fica preso à verdade, e se por ventura quiser sair dela, pode estragar tudo.
Não é o caso de O Preço da Coragem, o filme é uma bela homenagem à família Pearl, com a direção firme e, digamos assim, seca de Wintebotton (de Neste Mundo). A impressão que temos é de que realmente estamos assistindo a um documentário, e, se não fosse a presença de Angelina Jolie como Marianne e alguns poucos atores conhecidos (Dan Futterman – Finalmente num papel importante, como o Jornalista Daniel Pearl, e Will Patton), não saberíamos que estávamos assistindo a um filme.
É impressionante a entrega de Jolie, mesmo com uma peruca ridícula, Angelina não consegue ser feia nunca e ali você consegue perceber que existe uma atriz madura e consciente do seu papel, passando a frieza e fragilidade nos momentos corretos, muitas vezes apenas com a força de um olhar.Meu único senão para o filme é que é um pouco longo. Se tivesse uns quinze minutos a menos, seria impecável.
Uma curiosidade, a verdadeira Marianne Pearl resolveu escrever o livro para apresentar a seu filho o pai que ele jamais iria conhecer.

NOTA 9,0.

Savage Grace

Savage Grace - será conhecido por ser o filme que finalmente dará o Oscar de melhor atriz a Julianne Moore (isso se existir justiça divina!). Ela é, desde já, a minha preferida, e merece, não só por tudo que já fez no cinema (As Horas, Boogie Nights, Fim de Caso, O Mapa do Mundo – tudo bem, ela já fez Evolução e Nove Meses, mas ela precisava pagar o aluguel, ora bolas!), mas também pela sua interpretação de Bárbara Daly Baekeland, protagonista do filme em questão. Savage Grace é uma dramatização da história ocorrida em 17 de Novembro de 1972, quando Bárbara foi assassinada por seu próprio filho, Tony, em um luxuoso apartamento londrino, um caso que ficou marcado como uma das grandes tragédias americanas da história.
O filme conquistou o Festival de Cannes na quinzena dos produtores e não é só sobre a história de uma mãe que tem uma relação incestuosa com o filho e foi assassinada pelo mesmo, mas também é sobre a família como instituição moral e formadora de seres humanos.
O filme tem cenas chocantes, em especial a que se vê a relação sexual entre os personagens Bárbara, seu filho Tony e seu amante gay. Bastante forte!
Não é um filme fácil de ser assistido, é polêmico (Homossexualismo, incesto), pesado, forte, e por vezes muito, mas muito arrastado, cansativo até! Eu diria.Mas é um filme que não deve deixar de ser visto também, além da história é um filme de atores. E Julianne Moore vai ganhar o Oscar por esse filme.
E vocês agora devem estar me perguntando: Mas então? Vale ou não vale a pena? Sim, vale. Por tudo que já foi dito aqui, você não irá se importar com algumas cenas arrastadas não é mesmo?
NOTA 7,0.

Valente – The Brave One

The Brave One - está sendo comparado ao filme Desejo de Matar, só que com saias. Só que eu acho que ele é bem mais que o antigo filme de Charles Bronson.
Nesse filme, a radialista Erica Bain (Jodie Foster) e seu namorado David (Naveen Andrews de Lost) são atacados por um bando de arruaceiros logo no início do filme, resultando na morte do namorado e deixando Erica em estado de coma.
Erica então, ao sair do coma, procura a polícia para saber se eles já têm pistas do seu agressor, mas eles não têm informação alguma. Ela terá que aguardar, mas que ela não se preocupe, pois eles estão trabalhando no caso, dizem. Cansada da inércia policial, Érica resolve se tornar uma espécie de Vigilante da Lei, uma justiceira, e começa a empreender rondas noturnas no encalço do seu agressor, e ai de quem cruzar o seu caminho e ela julgar culpado. Dá-se então início a uma série de assassinatos que desperta a atenção da polícia, em especial o policial Mercer (Terrence Howard). Contar mais do filme só iria estragar a história, o filme é impactante, a cena da morte do namorado de Erica é impressionante, uma das mais fortes que eu já assisti.

Neil Jordan mostra que está em ótima forma na direção firme desse filme, a exemplo de Traídos pelo Desejo, Jordan consegue imprimir sua marca, seja na direção das cenas de assassinato, seja nas horas de humor (sim, você consegue rir em algumas cenas, principalmente nas cenas que o ator Nicky Katt - como o policial parceiro de Mercer - participa.), seja na direção de atores.Terrence Howard está impecável e Jodie Foster, embora eu sinta saudades de uma Jodie um pouquinho mais leve, menos densa, mais bem humorada, dispensa comentários! (inclusive, fala-se em uma certa estatueta dourada, embora eu ache meio exagerado.)
Enfim, o que se poderia esperar da dobradinha Neil Jordan/Jodie Foster?Um filme pra ficar na memória, claro!

NOTA 8,0.


Tropa de Elite

Tropa de Elite - Dez Horas da manhã de uma quarta-feira, uma sala de cinema lotada de jornalistas ansiosos para que se inicie a sessão do filme que abrirá oficialmente o Festival do Rio 2007. Curioso não? Digo curioso pelo fato de que pelo menos 70% das pessoas presentes já tinham assistido ao filme em questão. Assistido? Como assim? Não é inédito nos cinemas? Assistido no conforto da sua casa, com uma bacia de pipoca ao lado, numa cópia pirata! Cópia Pirata? Ahn! Então você deve estar falando de Tropa de Elite, não? Sim, estou falando não só de Tropa de Elite, estou falando nada mais, nada menos, do melhor filme já visto e produzido por aqui. Exagero? Não, com toda certeza não! O filme é vibrante, é visceral, é um filme feito para homens, mas que as mulheres, com certeza, irão gostar e que vai ficar para sempre marcado na nossa memória.
A história do filme? O Filme passa-se no Rio de Janeiro e o ano é 1997. No coração de uma guerra com muitas frentes de batalha, o Capitão Nascimento (Wagner Moura, como você nunca viu, o ator está simplesmente perfeito, impecável melhor dizendo!) da Tropa de Elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro precisa encontrar um sucessor para deixar o Batalhão e mudar de vida ao lado da mulher, prestes a dar a luz ao seu primeiro filho. Juntam-se ao Capitão Nascimento dois aspirantes a oficial da PM, Matias e Neto (respectivamente André Ramiro e Caio Junqueira – Excelentes); Uma jovem idealista (Fernanda Machado – Correta, além de linda); Um garotão da zona sul que vende maconha na faculdade (Paulo Vilela – Competente); Um chefe do tráfico de um morro vizinho à residência onde o Papa ficarará hospedado (Fábio lago); policiais corruptos (entre outros Marcelo Valle; Milhem Cortaz – uma grata surpresa!). Enfim, uma gama enorme de personagens que se entrelaçam e contam a história do melhor filme já visto e produzido por aqui (não, eu não vou me cansar de dizer isso – O filme é excelente!).
Talvez por eu residir no Rio de Janeiro, o filme soe tão familiar, pois tudo que está ali na tela, você já viu, ou já ouviu dizer que acontece de fato! A corrupção, a hipocrisia, a violência, o tráfico, a intolerância, e tantos outros fatos... Mas voltemos ao filme, a direção de José Padilha (Ônibus 174) é segura, firme, o efeito câmera na mão dá um tom de guerrilha ao filme que tecnicamente mostra-se muito eficiente. Isso sem falar na direção dos atores, que também se mostra muito competente, não existe ali, um ator que você possa dizer: “Esse é muito ruim” (Nem Maria Ribeiro como a esposa do Capitão nascimento? Tudo bem, me enganei, existe uma!).Se pudesse, daria nota mil para o filme, mas como já foi estipulado que nossa cotação não pode exceder o dez, terei que ficar na nota dez mesmo, mas é pouco! Que fique registrado!

O filme entra em circuito nacional no dia 12/10 (teve seu lançamento adiantado por causa da Pirataria, não que eu ache, especificamente no caso de Tropa de Elite, que isso irá afetar a sua bilheteria, até porque Tropa de Elite é um filme para ser visto no Cinema, na tela grande, com todo o aparato de som e imagem). Então, termine de ler essa resenha aqui e corra até o cinema mais próximo da sua casa para reservar o seu ingresso porque senão...TROPA DE ELITE OSSO DURO DE ROERPEGA UM PEGA GERALTAMBÉM VAI PEGAR VOCÊ.



Entrevista/Interview



Entrevista conta a história de Pierre Beders (Steve Buscemi), um conceituado jornalista de política. Ele é designado para entrevistar Katya (Sienna Miller, linda!), uma famosa e bela atriz de novelas, e fica muito ofendido com isso, pois está acostumado ao mundo da política mundial; ter de lidar com uma pessoa mais conhecida pelas fofocas nos tablóides do que pelo talento é um pouco demais para ele. É nesse choque de dois mundos diferentes, no entanto, que os dois encontram uma conexão mais profunda. Durante o período de um dia inteiro, eles trocam revelações e ofensas, em diálogos repletos de sarcasmo, intriga e tensão sexual. O filme é uma delícia de se assistir, não fosse um pequeno porém, pelo menos 85% do filme passa-se em um único cenário! E isso faz com que algumas piadas se tornem cansativas! Mas é só isso! No mais, o filme é relativamente curto (81 min.), com interpretações vigorosas dos dois protagonistas. Com destaque maior para Sienna Miller, mostrando que não é apenas mais um rostinho bonito no meio da multidão. E vale lembrar também que Entrevista é uma refilmagem do longa-metragem homônimo (2003) de Theo Van Gogh, cineasta holandês assassinado em 2004. Enfim, uma bela Homenagem de Steve Buscemi à Robert Altman, a quem o filme é dedicado.



NOTA 8.

Sempre Bela



Sempre Bela é a continuação de A Bela da tarde e também é uma homenagem de Manoel de Oliveira a Luis Buñuel. O filme conta o reencontro em Paris de Henri Husson (Michel Piccoli, revivendo o mesmo personagem do filme original) e Séverine Serizy (agora interpretada por Bulle Ogier, depois da acertada recusa de Catherine Deneuve), 38 anos após os fatos do filme original terem ocorrido. Ela o evita a todo custo, mas ele insiste em encontrá-la. Henri promete revelar um poderoso segredo, algo que Séverine há muito deseja saber, e a convence a jantar em seu hotel. Lá, ela pergunta o que ele revelou a seu marido, quando este estava mudo e paralítico. Mas Henri não quer dizer se falou ou não sobre a prostituição de Séverine. Para ele, o jantar é apenas outra forma de exercer seu sadismo. Assim é a história de Sempre Bela, a primeira vista uma história impactante. Mas tão rasa quanto um pires.
Em minha opinião, Manoel de Oliveira já deveria estar aposentado há tempos, de tão chatos que são os seus filmes! No caso especial deste, ele é tão monótono que eu quase dormi nos primeiros 15 minutos de exibição. É um emaranhado de nada com nada, diálogos rasos, pobres, tomadas aéreas diurnas e noturnas de Paris exibidas à exaustão, assim como o close de uma estátua de Joana D´Arc, permeiam toda a exibição, enfim, uma total perda de tempo e dinheiro. O que me causou realmente espanto porém, foi ver a reação das pessoas ao término da exibição, foram tantos “OOOOOHs” e “OOOOOHs” que eu me senti um verdadeiro alienígena, seria eu um completo ignorante sem capacidade de perceber se o filme é bom ou ruim? Pergunto isso por que se para eu não ser considerado um ignorante eu tiver que gostar de Manoel de Oliveira, sim, eu assumo, sou um ignorante!!! E Se não fosse apenas por uma cena durante o jantar eu daria nota 0 para o filme, mas como tem essa cena, e ela é realmente linda, eu elevo um pouco a minha nota.




NOTA 1.

Licença para casar



Felizes em seu relacionamento, os jovens Ben Murphy (John Krasinski) e Sadie Jones (Mandy Moore) decidem dar um passo adiante e marcam a data do casamento. De família tradicional, a noiva quer que a cerimônia aconteça na mesma igreja em que seus pais se casaram, comandada pelo obsessivo Reverendo Frank (Robin Williams). Tudo parecia bem entre eles, até que o religioso coloca uma condição, eles só terão a Licença Para Casar em sua igreja se passarem por seu rigoroso curso de preparação de noivos.
A idéia do filme Licença Para Casar partiu de uma amiga da co-roteirista Kim Barker. Ela estava prestes a se casar e também teve que passar por um curso semelhante, mas não tão rigoroso quanto o de Frank, que Kim, para tornar o personagem mais engraçado, resolveu dar ao personagem um ar de maníaco-compulsivo.
Essa é a sinopse e a origem de Licença para casar, que deveria se chamar Licença para se envergonhar, tamanho é o absurdo.
Eu normalmente gosto de filmes do Gênero, mas Licença para casar ultrapassa todos os limites de bom senso e boa vontade. É verdade! Lamentável, mas verdadeiro!
Lamentável ver Robin Williams (de Gênio Indomável) esforçar-se e não conseguir ser engraçado nunca. É constrangedor ver um ator daquele calibre não conseguir uma risada vigorosa sequer, apenas risos amarelos, o seu Reverendo Frank deveria ser a verdadeira atração do filme, com seus mandos e desmandos, a platéia deveria rolar de rir (acredite, você até terá vontade, mas também terá vergonha!)

Lamentável também é ver Mandy Moore (linda!) mais uma vez tentando ser uma atriz com sua eterna cara de Vejam! Agora eu estou triste! ou então Vejam! Agora eu estou alegre!, ela terá que se decidir em breve o que ela quer ser quando crescer, uma atriz ou uma cantora? Ou ainda uma dona de casa? Eu marco a última opção.Chega a ser impressionante também a falta de química entre o casal principal, John Krasinski poderia ter o papel da sua vida (menos Paulo, menos) se aproveitasse melhor as oportunidades, mas preferiu (só para piorar o filme) ficar no piloto automático!

E após isso tudo que foi dito, cabe-nos culpar quem? Robin Williams? Mandy Moore? John Krasinski? Não. Que tal culparmos Ken Kwapis, o diretor? Esse, sim, o verdadeiro culpado dessa vergonha, falta-lhe pulso, falta-lhe experiência, falta-lhe vergonha na cara, isso sim! Mas também, ele dirigiu Um conto Quase de Fadas (com Fran Dresher, a Nanny), o que se poderia esperar?
Lamentável mesmo é você pagar tanto para ver tão pouco!Robin Williams continua nos devendo...

Rogue – O Assassino


Depois que seu parceiro, Tom Lone (Terry Chen), é brutalmente assassinado pelo infame Rogue (Jet Li), o agente de FBI Jack Crawford (Jason Statham) jura ir atrás do assassino e vingar pessoalmente a morte de Tom. Mas Rogue consegue manter-se escondido por três anos, até que ele ressurge para iniciar uma batalha sangrenta entre Chang (John Lone), o líder da máfia chinesa, e Shiro (Ryo Ishibashi), chefe da Yakuza. Determinado a capturar Rogue de uma vez por todas, Crawford leva sua equipe de especialistas criminais diretamente para dentro do conflito. Mas sua sede de vingança compromete sua visão profissional e quando a violência aumenta, Crawford finalmente fica cara a cara com o inimigo e descobre que nem Rogue nem seu plano são o que parecem...

Essa é a sinopse de Rogue, filme de ação que você já deve ter visto aos montes, só que esse tem um final bem interessante, e isso faz toda uma diferença! O filme é situado em meio ao submundo asiático nos EUA, e mostra até onde pode ir o desejo de vingança de um ser humano, Crawford não perdeu só o melhor amigo, perdeu também o parceiro, o casamento, o filho, a vida... O filme tem 103 minutos de duração, mas estranhamente, na tela, você tem a impressão de que dura muito mais, é arrastado por alguns momentos e a sensação de que você está sendo enganado perturba a sua mente quase que o tempo inteiro. Não, o filme não é ruim, absolutamente, tem umas cenas bacanas de luta, algumas cenas fortes de morte, mas não é nada que vá mudar a sua vida, é diversão escapista e só! Não fosse o tal final surpresa, que vai fazer você pensar “Como eu não percebi isso antes!” o filme passaria em brancas nuvens.


O diretor Philip G. Atwell (especialista em vídeo clipes e com uma passagem pelo seriado The Shields) foi uma grata surpresa, apesar de a trama sobre a batalha das máfias ser um pouco confusa e ele deixar Jet li fazer o que quiser, menos atuar, o diretor mostrou que deverá ter um futuro bacana. Só que fica a sugestão para que, no próximo filme, ele faça uma melhor montagem, se Rogue tivesse uns 20 minutos a menos, não teríamos a mesma sensação de quem acabou de comer um pastel na feira!
Nós até saboreamos, mas poderia ter mais um pouquinho de recheio! Quanto às interpretações, Jet li parece um robô, não muda a expressão durante o filme inteiro, tudo bem que o final pode até justificar isso, mas temos a sensação de que ele estava com uma preguiça daquelas, já que até nas cenas de luta o cara não muda a expressão!
Jason Statham está correto, e o filme serve mesmo para afirmar que ele é o novo rei da pancadaria, só que precisa tomar cuidado com a repetição dos papéis, nós já vimos essa mesma personagem em Carga Explosiva, em Adrenalina, em Celular...

O filme traz ainda Devon Aoki (de Sin City) como Kira, a filha de um dos chefões da máfia, Luiz Guzman (mais um talento desperdiçado) como Benny, cafetão amigo de Crawford, John Lone (de O Último Imperador) e Ryo Ishibashi (de O Grito) como chefões da máfia e Terry Chen como Tom Lone, melhor amigo e parceiro de Crawford!

PH Marinho
posted by Revista Nerd @ 21:36  
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