Revista Nerd
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
ESPECIAL - TERROR
Uma breve história sobre os filmes de Terror.

Antes de qualquer coisa, é preciso tentar explicar os gêneros. Terror todo mundo sabe o que é: Assusta, provoca medo, faz gritar. Suspense insinua o medo, causa expectativas e Ficção Científica costuma mostrar ou falar de histórias do futuro ou que girem em torno de fatos que não existiam na ocasião e que podem ou não, sugerir ou imprimir o medo, dependendo da História.
O Cinema descobriu cedo o potencial desses filmes, em especial o gênero Terror, afinal, desde que o cinema é cinema, sabe-se que as pessoas gostam de sentir medo – E pagam por isso! As histórias de terror sempre fizeram parte do imaginário do ser humano e o prazer (masoquismo?) em sentir medo e a arte de infligi-lo no que seria a manifestação artística mais influente nos anos que se seguiram era uma questão de tempo.
O Conde Drácula, o Monstro de Frankenstein, A Múmia, O Lobisomem, Fantasmas, Demônios, Alienígenas, Casas mal assombradas e outros personagens foram surgindo aos borbotões nos filmes dos anos sequentes, sempre com o estigma de filme B, ou seja, um filme de menor qualidade, o que é uma grande injustiça, pois filme B nada tem a ver com qualidade, e sim com orçamento. Enfim, entre as quatro paredes da sala escura, assistir a um filme de terror tornou-se uma atividade totalmente à parte de qualquer outro gênero cinematográfico, afinal, quem paga para ver um filme de terror sabe muito bem desde o início que sensações encontrará, sabe que quer sentir medo, mas não sabe que reação terá, que pode ir desde um aperto mais forte no braço da (o) acompanhante (para o mais medrosos) até a ingestão compulsiva de pipocas (para os mais sádicos).

Como tudo começou:

Na verdade, os filmes de terror tiveram início em 1896 e 1910 quando pioneiros como George Méliès e Thomas A. Edison, respectivamente realizaram os curtas “A Mansão do Diabo” (ou “o Castelo do Demônio”, como também ficou conhecido) e “Frankenstein”.
Em 1919 o Terror ganhava o seu primeiro Longa metragem, “O Gabinete do Dr. Caligari”, uma das mais marcantes obras do expressionismo alemão, dirigido por Robert Wienne e que, juntamente com “Nosferatu” (1922), de F.W. Murnau, viriam a influenciar todo o cinema de horror produzido em seguida.
Nessa época, Hollywood relutou bastante em produzir filmes do Gênero. E um dos nomes que mais se destacou no investimento em filmes de terror foi o do ator Lon Channey, que ficou conhecido como "o homem de mil faces", por interpretar diversos personagens em inúmeros filmes produzidos na década de 20, como os clássicos "O Corcunda de Notre Dame" (1923), onde sua interpretação de Quasímodo tornou-se um marco do cinema mudo, e "O Fantasma da Ópera" (1925), como o desfigurado compositor/fantasma Erik.
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Conrad Veidt (O Gabinete do Dr. Caligari); Georges Méliès (Primeiro ator a encarnar o coisa ruim no Cinema por A Mansão do Diabo, filme que também dirigiu); Greta Schroeder (Nosferatu); Ivan Mozzhukhin (Uma Terrível Vingança); Joan Crawford (O Monstro do Circo); Lon Channey (O Corcunda de Notre Dame); Max Schreck (Nosferatu); Werner Krauss (O Gabinete do Dr. Caligari); entre outros.
Os anos 30 e 40:
A partir da década de 30, os filmes de terror passaram a ser produzidos tomando por base histórias e lendas européias sobre vampiros, cientistas loucos e aristocratas insanos, tendo como principais figuras os mitológicos Drácula e Frankenstein, das obras de Bram Stoker e Mary Shelley, respectivamente. Os estúdios da Universal tornaram-se célebres pela produção de dezenas de filmes com múmias, homens invisíveis e lobisomens. Três nomes se destacam neste período: Jame Whale, Bela Lugosi e Boris Karloff, o primeiro por dirigir e conseguir imprimir uma certa dignidade à criatura de Frankenstein e permitir novos rumos ao gênero a partir de seus filmes, o segundo pela inesquecível representação do conde mais famoso da literatura em "Drácula" e o terceiro pela sua marcante atuação como a criatura de "Frankenstein", ambos em 1931. O Estúdio, querendo faturar em cima dos seus monstros, acabou errando a mão na década seguinte quando lançou as bombas "Frankenstein Encontra o Lobisomem" (1943), "A Casa de Frankenstein" (1944) e "A Casa de Drácula" (1945). Com a 2ª Guerra Mundial e o verdadeiro horror fazendo parte do dia-a-dia das pessoas, os filmes de terror acabaram ficando em baixa durante algum tempo. Outras obras representativas do cinema de horror dos anos 30 e 40 são o clássico "King Kong" e "O Homem-Invisível", inspirado na obra de H.G. Wells, ambos de 1933, "A Múmia" (1932), com Boris Karloff no papel-título e a adaptação do livro homônimo de Oscar Wilde, "O Retrato de Dorian Gray (1945).
Mas não se pode falar nessa década sem citar Tod Browning que chocou platéias do mundo inteiro e pagou um preço muito caro (foi Banido dos cinemas por muitos anos) por causa de seu filme sobre pessoas deformadas que trabalhavam em um circo que buscam vingança contra uma beleza duvidosa em “Monstros” (1932).
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Bela Lugosi (Drácula); Boris Karloff (Frankenstein); Charles Laughton (O Corcunda de Notre Dame); Claude Rains (O Fantasma da Ópera); Elsa lanchester (A Noiva de Frankenstein); Evelyn Ankers (O Lobisomem); Fay Wray (King Kong); Lon Channey Jr (O Lobisomem); Maureen O’Hara (O Corcunda de Notre Dame); Peter Lorre (M, o Vampiro de Dusseldorf); Rondo Hatton (Casa dos Horrores); entre outros.

Os anos 50:


A década de 50, além de virem com filmes com uma temática mais científica / ecológica (Criaturas de pântanos, Bolhas assassinas geradas por causa de poluição, insetos gigantes, revolta da natureza) também marcou a retomada do medo no cinema, principalmente devido à contribuição da produtora britânica Hammer Studios, que voltou a explorar os antológicos personagens que encheram os cofres da Universal. Eram filmes baratos que usavam e abusavam dos recentes recursos de cor e de muita sensualidade. O principal nome desse período, sem dúvida, é o de Christopher Lee, cuja interpretação em “Drácula” (1958) fez história, assim como o incansável caçador de vampiros Dr. Van Helsing, vivido por Peter Cushing. A dupla fez inúmeros filmes para a Hammer, encarnando também o Dr. Franskenstein e sua criatura em “A Maldição de Frankenstein” (1957). Foram nesses anos também que surgiram os filmes de William Castle (a Casa que Pingava Sangue, a Casa da Luz Eterna), mestre na arte de fazer filmes com truques para atrair pessoas ao cinema, ainda que fossem apenas jogadas de Marketing.
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Allison Hayes (O Fantasma de Mora Tau); Beverly Garland (A Conquista do mundo); Christopher Lee (O Horror de Drácula); Elisha Cook (A Casa Dos Maus Espíritos); Faith Domergue (O Monstro do Mar Revolto); Mara Corday (Tarântula); Max Von Sydow (O Sétimo Selo); Peter Cushing (O Horror de Drácula); Steve McQueen (A Bolha); Vincent Price (Museu de Cera); entre outros.

Os anos 60:

Os anos 60 foi uma época extremamente fértil para as produções do gênero, com destaque para as criações do mestre do suspense Alfred Hitchcock, em clássicos como “Psicose” (1960) e “Os Pássaros” (1963). Outro grande nome é o do diretor George Romero, que em 1968 produziu o hoje cult “A Noite dos Mortos-Vivos”, que rendeu várias refilmagens e plágios, inclusive por parte dele próprio. No mesmo ano, o polonês Roman Polanski chega ao auge do seu vigor cinematográfico com o apavorante “O Bebê de Rosemary”. Nessa década também surgiu um dos maiores nomes da história dos filmes de terror, Roger Corman, diretor do hoje também cult “A Pequena Loja dos Horrores” (1960), Com esse filme, o diretor mostrou que era possível assustar com classe e pouco dinheiro. E ainda revelou o talento do então desconhecido Jack Nicholson, numa ponta impagável. Roger Corman também popularizou as histórias de Edgar Allan Poe – em sua maioria estreladas por Vincent Price –, tais como “A Queda da Casa de Usher” (1960) e “O Corvo” (1963).
E foi ainda nessa década que, tivemos o surgimento do nome que se tornaria um marco do cinema nacional: José Mojica Marins, mais conhecido pelo nome de seu principal personagem, Zé do Caixão, em filmes como “À Meia-Noite Levarei Sua Alma” (1964), “Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver” (1966) e “O Despertar da Besta” (também conhecido como “Ritual dos Sádicos”, de 1969).
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Anthony Perkins (Psicose); Barbara Shelley (A Górgona); Barbara Steele (A Maldiçãodo Demônio); Janeth Leigh (Psicose); Jeanne Crain (A Noite que Deus gritou); John Cassavetes (O Bebê de Rosemary); Martin Balsam (Psicose); Mia Farrow (O Bebê de Rosemary); Rod Taylor (Os Pássaros); Ruth Gordon (Levou o Oscar de melhor coadjuvante por O Bebê de Rosemary); Tippy Hedren (Os Pássaros); entre outros.

Os anos 70


Nos anos 70 surgiram alguns nomes que viriam a se tornar grandes referências nos filmes de horror/suspense. Foi em 1972 que “Encurralado”, um suspense sobre um caminhão que persegue à exaustão um motorista numa estrada dos EUA, revelou para o mundo Steven Spielberg, que mais tarde alcançaria mais notoriedade com o impactante (e Primeiro Blockbuster da história do Cinema) “Tubarão” (1975), que deixou os cinemas lotados e as praias vazias por muito tempo. Outro filmaço da época foi o “O Massacre da Serra Elétrica” (1974), dirigido por Tobe Hooper que, juntamente com Halloween (1978), de John Carpenter, influenciaram uma leva de filmes com assassinos seriais e sanguinários que perpetuaram as telas dos anos 80. Com “Alien, O Oitavo Passageiro” (1979), Ridley Scott literalmente mandou os filmes de horror pro espaço. Nessa mesma época, diretamente da terra da pizza, Dario Argento também começava a fazer história, gastando litros e mais litros de molho de tomate em suas produções, como “Prelúdio para Matar”, antes de se tornar referência de filmes onde o estômago é o limite.
Os filmes de possessão demoníaca surgiram com força total nos anos 70, em obras como “O Exorcista” (1973 – e Primeiro filme do Gênero a ser indicado para o Oscar), “A Profecia” (1976) e “Terror Em Amityville” (1979). “Carrie, A Estranha” (1976), inaugurou as adaptações das obras de Stephen King, que inspirou também o cultuado “O Iluminado” (1980), de Stanley Kubrick, com um Jack Nicholson (com status de protagonista!) completamente ensandecido.
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Agnes Moorehead (Obsessão Sinistra); Cristina Raines (A Sentinela dos Malditos); David Hemmings (Prelúdio para Matar); Donald Pleasence (Halloween); Ellen Burstyn (O Exorcista); Gregory Peck (A Profecia); James Brolin (Amityville); Jamie Lee Curtis (Eleita rainha do Grito por Halloween); Jason Miller (O Exorcista); Jim Siedow (O Patriarca canibal de O Massacre da Serra Elétrica); John Hurt (Alien, o Oitavo passageiro); John Ryan (Nasce um Monstro);Kirk Douglas (A Fúria); Klauss Kinski (Nosferatu); Lee Remick (A Profecia); Linda Blair (O Exorcista); Max Von Sydow (O Exorcista); Mel Ferrer (O AntiCristo); Piper Laurie (Carrie – A Estranha); Richard Creena (O Cão do Diabo); Roddy McDowall (A Casa da noite Eterna); Shelley Winters (Obsessão Sinistra); Sigouney Weaver (Alien, o Oitavo Passageiro); Sissy Spacek (Carrie – A Estranha); Udo Kier (Suspiria); Vincent Price (O Abominável Dr. Phibes); entre outros.

Os anos 80:


Os anos 80 foram marcados por filmes de baixo orçamento, onde a moda era ter uma maníaco correndo atrás de jovens nuas ou semi nuas. Seu principal representante é o conhecidíssimo “Sexta-Feira 13”, com o mais conhecido ainda assassino Jason Vorhees massacrando jovens pecadores (ou não!) que davam mole transando nos arredores de Crystal Lake. Seu companheiro de década e talvez seu maior rival nas bilheterias, o ainda mais conhecido (e carismático!) Freddy Krueger, surgiu pela primeira vez em “A Hora do Pesadelo” (1984), de Wes Craven. Em 1982, Tobe Hooper dirigiu “Poltergeist”, uma produção de Steven Spielberg, que ficou mais famosa por suas histórias de maldição que acabaram por matar ou afundar a carreira dos atores na vida real.
Alguns outros grandes nomes do cinema de horror surgiram nessa década: David Cronenberg, conhecido por “Scanners, Sua Mente Pode Destruir” (1981), “A Hora da Zona Morta” (outra adaptação de Stephen King, 1983), “Videodrome – A Síndrome do Vídeo” (1983), “A Mosca” (refilmagem de “A Mosca da Cabeça Branca”, 1986) e “Gêmeos – Mórbida Semelhança” (1988); Sam Raimi (hoje super prestigiado por causa da Franquia de O Homem Aranha) iniciou sua carreira e inovou no Gênero terror com o adorável “Evil Dead – A Morte do Demônio” (1982- Que teve mais duas seqüências); Clive Baker com o seu “Hellraiser – Renascido do Inferno” (1987), um dos grandes filmes de horror do cinema moderno.
Não posso esquecer também de que foi nessa década que surgiu a “Espantomania”. Esse termo foi criado para enfatizar uma enorme quantidade de filmes de terror que aportavam nas nossas salas de cinema com uma temática mais suave, com uma leve inclinação para o “terrir”. Filmes como “a Hora do Espanto”, “a Hora do Lobisomem”, “a Hora do Calafrio”, ”a Noite dos mortos vivos”, ” a Casa do Espanto”, as Seqüências de “a Hora do Pesadelo”, “a Hora dos Mortos Vivos” e mais um monte de filmes iniciados com a Hora de alguma coisa (Coisas de nossas distribuidoras que sofrem de uma falta de criatividade tremenda!). E também outros filmes bacanas dessa época foram: “Pague para entrar, reze para sair”, “Dia dos Namorados Macabro”, “a Noite das Brincadeiras Mortais”, “Baile de Formatura”, “Feliz Aniversário para mim”, “Acampamento Maldito”, “a Noite dos Arrepios”, “a Colheita Maldita”, “Gremlins”, “Criaturas”, “os Garotos Perdidos”,” O escondido”, “O portão”, “as Criaturas atrás das paredes”, “As Vezes eles voltam”, entre outros tantos.
Aqui no Brasil, o diretor Ivan Cardoso se tornou conhecido nessa década por filmes com esse mesmo “subgênero” Terrir, e filmes como “o Segredo da Múmia” e “as Sete Vampiras” fizeram bonito por aqui!
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Annete O’Toole (It); Betsy Palmer (A mãe de Jason em Sexta Feira 13); Brad Douriff (Brinquedo Assassino); Bruce Campbell (Uma Noite Alucinante 2); Chris Sarandon (A Hora do Espanto); Craig T.Nelson (Poltergeist); Dale Midkiff (Cemitério maldito); Dee Wallace (Cujo); Dwier Brown (A Árvore da Maldição); Emílio Estevez (Comboio do Terror); Gary Busey (Bala De Prata); Heather O’Rourke (Poltergeist); Jeffrey Combs (Re-Animator); Kane Hodder (Sexta Feira 13); Keith Gordon (Christine – O Carro Assassino); Kurt Russell (O Enigma do Outro Mundo); Kyle Machlachlan (O Escondido); Linda Hamilton (Colheita Maldita); Peter Horton (Colheita Maldita); Richard Thomas (It); Robert Englund (A Hora do Pesadelo); Roddy Piper (Eles Vivem); Steve Railsback (Força Sinistra); Tim Matheson (As Vezes eles voltam); Tony Todd (O Mistério de Candyman); William Katt (A Casa do espanto); William Ragsdale (A Hora do Espanto); entre outros.

Os anos 90:

No início dessa década, quase não se produziu nada do gênero, com exceção de “o Silêncio dos inocentes” (1991 - E primeiro filme do Gênero a ganhar um Oscar nas principais categorias), “Drácula de Bram Stoker” (1992), dirigido por Francis Ford Coppola , “Fome Animal” (1992), de Peter Jackson, “Entrevista Com O Vampiro” (1994), dirigido por Neil Jordan e adaptado do livro homônimo de Anne Rice e “Frankenstein de Mary Shelley” (1994), de Kenneth Branagh. Isso até surgir “Pânico” em 1996 do diretor Wes Craven, filme que resgatou o prestígio do terror e lotou as salas de cinema do mundo inteiro com a mesma fórmula “Assassino serial mata jovens e quem mais estiver na sua frente para atrapalhar a sua vingança.” numa espécie de revival de filmes do Gênero antigos. E com o sucesso imediato de Pânico vieram na sua esteira uma série de produções com jovens atores de Hollywood, o que deflagrou o que chamamos de “geração pânico” e atores medianos como Neve Campbell, Freddie Prinze jr, Ali Larter, Mathew Lillard e Jennifer Love Hewitt viraram estrelas instantâneas nas continuações de Pânico e seus genéricos como “Eu Sei O Que Vocês Fizeram No verão Passado” (1997), “Lenda Urbana” (1998), Premonição (1998), a Casa da Colina (99), entre outras bobagens.
Nesse período, talvez o único filme que tenha conseguido quebrar essa “nova” maneira de se fazer terror foi “A Bruxa De Blair”(1999), talvez até por falta de concorrência, o filme foi um sucesso absoluto (apesar das opiniões divergentes) e não se pode negar que a campanha de marketing dos diretores Eduardo Sanchez e Daniel Myrick em lançar um boato na internet antes de lançar o filme nos cinemas foi uma maneira bastante inovadora de se encher os bolsos de dinheiro.
No finalzinho dos anos 90 surgiu no cenário, o que talvez seja o mais importante diretor do gênero nos anos Dois Mil, M.Night Shyamalan criou (e dirigiu) a história do garotinho que vê gente morta com um final surpreendente, que fez a platéia voltar às salas de cinema para rever o que estava na nossa cara o tempo inteiro em “O Sexto Sentido” (99).
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Ali Larter (Premonição); Alicia Witt (Lenda Urbana); Amanda Donahue (A Bruxa de Blair); Andrew Divoff (Mestre dos Desejos); Clea DuVall (Prova Final); Courteney Cox (Pânico); David Arquette (Pânico); Devon Sawa (Premonição); Edward Furlong (Cemitério Maldito 2); Elijah Wood (Prova Final); Embeth Davidtz (Uma Noite Alucinante 3); Eva Mendes (Lenda Urbana 2); Elias Koteas (Possuídos); Freddie Prinze Jr (Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado); Famke Janssen (Mestre das Ilusões); George Clooney (Um Drink no Inferno); Gerard Butler (Dracula 2000); Haley Joel Osment (O Sexto Sentido); James Marsden (Comportamento Suspeito); Jamie Kennedy (Pânico); Jared Leto (Lenda Urbana); Jason Patric (Garotos Perdidos); Jennifer Esposito (Eu ainda sei o que vocês Fizeram no Verão Passado 2); Jennifer Love Hewitt (Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado); Jerry O’Connell (Pânico 2); Jonny Lee Miller (Dracula 2000); Jordana Brewster (Prova Final); Josh Hartnett (Halloween H20); Katharine Heigl (A Noiva de Chucky); Katharine Isabelle (Possuída); Katie Holmes (Comportamento Suspeito); Kerr Smith (Premonição); Kevin Bacon (Ecos do Além); Kiefer Sutherland (Linha Mortal); Kirsten Dunst (Entrevista com o Vampiro); Laurie Metcalf (Pânico 2); Liev Schreiber (Pânico); Loretta Devine (Lenda Urbana); Matthew Davis (Lenda Urbana 2); Mathew Lillard (Pânico); Michael Pare (Lua Negra); Michael Rosenbaum (Lenda Urbana); Mira Sorvino (Mutação); Neve Campbell (Pânico); Nick Stahl (Comportamento Suspeito); Rebecca Gayheart (Lenda Urbana); Rosie MacGowan (Pânico); Ryan Phillipe (Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado); Salma Hayek (Um Drink no Inferno); Sarah Michelle Gellar (Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado); Scott Folley (Pânico 3); Skeet Ulrich (Pânico); Taye Diggs (A Casa da Colina); Thomas Gibson (O Filho do Demônio); Timothy Balme (Fome Animal); Timothy Olyphant (Pânico 2); entre outros.


Os anos 2000:


Logo no iniciozinho do século surgiu Alejandro Amenabar, que arrepiou o espectador com um dos melhores filmes de casas mal assombradas já feitos em muito tempo, um verdadeiro clássico moderno chamado “Os Outros” (2001), filme com um final tão ou mais surpreendente que “o Sexto Sentido”, fresquinho na nossa memória. Nesse mesmo ano, Guillermo Del Toro no presenteia com outra pérola do subgênero casa mal assombrada, “A Espinha do Diabo”.
Foi nos anos dois mil também que surgiu “Extermínio” (2002) e os filmes de Zumbi voltaram à moda, permitindo que “Madrugada dos Mortos” (2004) e “Terra dos Mortos” (2005) fossem produzidos e virassem sucesso.
A Onda de Remakes também assolou Hollywood e clássicos ganharam nova roupagem como “A Casa de Cera” (2005), “Horror em Amityville” (2005) e “O Massacre da Serra elétrica” (2003), isso sem falar de tramas originais (Eu disse originais?) bacanas como “Pânico na Floresta” (2003), “Olhos famintos” (2001) e “O Albergue” (2006).
Nessa década também Hollywood descobriu que o Japão também faz filme de terror, e dos bons! E resolveu importar as suas fitas e adapta-las (ou muitas vezes lança-las, ou ainda as duas coisas junto!) para o cinemão americano lançando “O Grito” (2004), e “Água Negra” (2005), isso sem antes fazer platéias do mundo inteiro temerem uma certa garotinha que foi jogada no fosso e aterrorizava a todos que assistiam a uma certa fita cassete em “o Chamado” (2002).
É praticamente impossível citar todos os atores que estrelaram os filmes desse período, mas podemos lembrar alguns que se destacaram, ou por seus filmes ou mesmo por algum personagem, alguns deram certo, é bom lembrar, outros foram merecidamente (ou Não) esquecidos pelo tempo: Asia Argento (Terra dos Mortos); Cate Blanchett (O Dom da Premonição); Chaney Kley (No cair da Noite); Cilian Murphy (Extermínio); Crispim Glover (A Vingança de Willard); David Boreanaz (Dia do Terror); Desmond Harrington (Pânico na Floresta); Eduado Noriega (A Espinha do Diabo); Elisa Cuthbert (A Casa de Cera); Eliza Dushku (Pânico na Floresta); Gina Phillips (Olhos Famintos); Greg Kinnear (O dom da Premonição); Halle Berry (Na Companhia do Medo); Hilary Swank (Colheita do Mal); Jake Webber (Madrugada dos Mortos); Jared Padalecki (A Casa de Cera); Jason Behr (O Grito); Jay Hernandez (O Albergue); Jennifer Connelly (Água Negra); Jessica Biel (O Massacre da Serra Elétrica); Josh Duhamel (Turistas); Julianna Margullies (O Navio Fantasma); Justin Long (Olhos Famintos); Martin Henderson (O Chamado); Mekhi Phifer (Madrugada dos Mortos); Melissa George (Turistas); Michael Landes (Premonição 2); Naomi Watts (O Chamado); Olívia Wilde (Turistas); Penélope Cruz (Na Companhia do Medo); Ryan Reynolds (Horror em Amityville); Sarah Polley (Madrugada dos Mortos); Shannon Elizabeth (Treze Fantasmas); Simon Baker (O Chamado 2); Simon Pegg (Terra dos Mortos); Stephen Dorff (medopontocombr); Tom Wilkinson (O Exorcismo de Emily Rose); Ving Rhames (Madrugada dos Mortos); entre outros.
Bom, foi tentando fazer justiça a esse gênero tão relegado que resolvi contar essa breve história sobre os filmes de Horror, seus criadores, seus principais representantes e também os seus atores, muitos totalmente desconhecidos do grande público!
Isso, até lerem essa matéria...

PH Marinho



Top 10 Filmes de Terror

1 O Exorcista – Com enorme vantagem este clássico ficou em primeiro lugar, dirigido pelo recém-vencedor do Oscar William Friedkin (Operação França), o filme conquistou crítica e público, e se tornou o único filme de terror indicado ao Oscar na categoria de melhor filme, o que não é pouco.

2 O Bebê de Rosemary – A atuação da carreira de Mia Farrow está neste misto de terror com suspense psicológico dirigido por Roman Polanki no final dos anos 60, conquistando inclusive um Oscar de Atriz Coadjuvante para Ruth Gordon.

3 Psicose – Alfred Hitchcock dirige um suspense em P&B para a Universal com o intuito de estar fazendo um filme B, mas alcança a perfeição neste filme arrepiante, com ótima campanha de marketing promovida por ele próprio, com excelente trilha sonora de Bernard Hermann, e duas surpresas inesperadas, sendo uma delas o mais famoso assassinato dos cinemas. Sem esquecer de Anthony Perkins numa interpretação magistral como Norman Bates.

4 O Iluminado – Criticado pela crítica em seu lançamento, o filme vem conquistando muito terreno nos últimos anos, numa segunda chance bem merecida, com um Jack Nicholson caricato ao extremo e uma Shelley Duvall tensa e estressada, devido principalmente aos problemas que teve com o diretor Stanley Kubrick, o filme é uma diversão puramente kubrickiniana, que infelizmente Stephen King (autor do livro) detestou.

5 Poltergeist - O Fenômeno – Esqueçam o diretor Tobe Hooper, foi o produtor Steven Spielberg que tomou as rédeas deste fantástico filme, com curiosa atuação da atriz infantil Heather O'Rourke, que infelizmente faleceu após as filmagens do terceiro filme. Fiquem de olho numa cena engraçada envolvendo Craig T. Nelson sobre sua barriga, a mesma cena é homenageada na animação da Pixar Os Incríveis, pelo qual ele dubla.

6 A Profecia – Richard Donner estréia como diretor de cinema neste suspense surpreendente com inovadora trilha sonora de Jerry Goldsmith. Diversas cenas fortes de mortes e um final em aberto são os pontos altos desta pequena pérola do cinema.

7 O Massacre da Serra Elétrica –
Tobe Hooper dirige este filme premiado no festival de avoriaz, com forte impacto sonoro, filmado quase amadoramente, conquistando um forte apelo trash nunca visto antes.

8 O Gabinete do Dr. Caligari – O maior clássico do expressionismo alemão, totalmente mudo e filmado no final da década de 10 ainda conquista muitos fãs e por isso mesmo continua a ser lembrado. Com direção de arte ousada e uma surpreendente surpresa no final (digna de um Sexto Sentido) o filme será uma grata surpresa para aqueles que ainda não apreciaram este clássico absoluto do cinema.

9 Fome Animal – Um desconhecido diretor da Nova Zelândia dirigiu simplesmente o melhor terrir da história do cinema, com cenas absurdas que ou reviram teu estomago ou te façam rir até cansar. Ah, e o desconhecido fez mais tarde uma trilogia de muito sucesso chamada O Senhor dos Anéis, além de revelar o talento de Kate Winslet em Almas Gêmeas.

10 A Hora do Pesadelo – Freddy Krueger começou sua fama de ícone pop com este filme assustador sobre pesadelos de adolescentes, com um Johnny Depp em início de carreira e um diretor que ainda não tinha se vendido para Hollywood, Wes Craven. Embora inferiores, todas as suas continuações são curiosas devido a forte presença de Robert Englund no papel de um dos vilões mais famosos do cinema.
Judas Hiena
posted by Revista Nerd @ 13:31  
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